Os Correios reajustaram, nesta quinta-feira (31), as tarifas de seus serviços. De acordo com a publicação no Diário Oficial da União (DOU), o reajuste implantado foi de 0,3893% e vale tanto para serviços nacionais quanto internacionais.
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Segundo o Ministério da Ciência, Tecnologia, Inovações e Comunicações, que acompanhou a mudança nos preços dos Correios
, esse reajuste foi baseado o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), que mede a inflação oficial do Brasil, acumulado de outubro a dezembro de 2018.
Com a medida, o telegrama nacional redigido pela internet, por exemplo, passou de R$ 8,15 por página, para R$ 8,19. Já o mesmo serviço fonado passou de R$ 9,84 para R$ 9,87, e na agência, de R$ 11,81 para R$ 11,85.
Alguns preços, no entanto, não sofreram rejuste . É o caso da carta comercial e da carta não comercial, por exemplo, que permaneceram em R$ 1,95 e R$ 1,30, respectivamente. As novas tarifas também não se aplicam às encomendas (PAC e Sedex) e ao marketing direto.
Em novembro do ano passado , a estatal havia anunciado o último reajuste, de 5,99% tanto para as tarifas nacionais quanto internacionais. De acordo com os Correios, na época, o grande aumento foi efetuado para compensar a inflação acumulada no período de fevereiro de 2017 a setembro de 2018.
Correios podem ser privatizados na gestão Bolsonaro
Na última terça-feira (29), o secretário de Desestatização e Desinvestimentos do Governo Federal, Salim Mattar, disse que empresas como os Correios, que sofrem com problemas de gestão, são vistas como desafios maiores na meta do governo. "Os Correios são uma empresa complexa que se transformou neste gigante difícil de ser privatizado", afirmou.
Hamilton Mourão, vice-presidente da República, já defendeu que "por enquanto" não é favorável à privatização da estatal , ao ser questionado sobre os Correios em 25 de janeiro, dia que marca as celebrações do aniversário de criação da empresa e também ao Dia do Carteiro, data celebrada no Brasil desde 1663, quando foi criado o cargo de Correio-mor da Monarquia Portuguesa.
A estatal tem vinculação ao Ministério da Ciência, Tecnologia e Comunicação, comandado pelo astronauta Marcos Pontes. Em dezembro de 2018, quando já havia sido anunciado como titular da pasta, o ministro declarou que a privatização dos Correios não estava, por ora, na pauta do governo Bolsonaro, embora o presidente já tenha afirmado no período de campanha que "Seu fundo de pensão foi simplesmente implodido pela administração petista. Os Correios têm muitas reclamações, diferentemente do passado, [então] podem entrar nesse radar da privatização", aproveitando para criticar os governos de Lula e Dilma Rousseff, do Partido dos Trabalhadores.
*Com informações da Agência Brasil