O Fundo Monetário Internacional (FMI) reduziu estimativa de crescimento da economia brasileira em 2018, mas elevou a projeção para este ano. A informação foi divulgada nesta segunda-feira (21), no relatório Perspectiva Econômica Mundial, apresentado no Fórum Econômico Mundial, que acontece em Davos, na Suíça.
A previsão é de que o PIB (Produto Interno Bruto) do País cresça 1,3%, um ponto percentual (p.p) a menos do que o estimado na projeção anterior (1,4%), feita em outubro do ano passado. Essa é a terceira vez consecutiva que o FMI diminui a estimativa para o crescimento da economia brasileira em 2018
O resultado oficial do PIB
do ano passado será divulgado no dia 28 de fevereiro através do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
Já para este ano, o fundo ampliou a projeção de crescimento para 2,5% - um salto de um p.p em relação à ultima previsão, que era de 2,4% . De acordo com a instituição, "a recuperação gradual da economia deve continuar".
Também nesta segunda-feira, o Banco Central (BC) divulgou, através do Boletim Focus, sua expectativa para o PIB do Brasil em 2019: 2,53%.
Para 2020, o BC prevê crescimento de 2,6% na economia, enquanto o Fundo Monetário Internacional projetou avanço de 2,2%.
Além de projeções para economia brasileira, FMI revelou expectativas para o crescimento mundial e da América Latina
Para a economia mundial, o FMI manteve a previsão de crescimento de 3,7% em 2018. Já para 2019 e 2020, o fundo prevê uma queda no PIB global : as projeções caioram para 3,5% e 3,6%, respectivamente.
Segundo a instituição, a piora no cenário mundial se deve a um crescimento menor das economias mais ricas, assim como uma diminuição na expansão de mercados emergentes e economias em desenvolvimento em 2019.
Já para a América Latina , o FMI reduziu a expectativa de expansão em 0,2 p.p para 2019 e 2020. Neste ano, os países latinos devem crescer 2,0% e 2,5% no ano que vem.
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De acordo com o relatório, o crescimento da economia brasileira em 2019 ajudou a compensar a piora nas projeções para a América Latina, principalmente em países como México, Argentina e Venezuela. "Estas revisões se devem a um corte das perspectivas de crescimento do México em 2019 e 2020, refletindo menos investimentos provados, e uma contração ainda mais severa na Venezuela", afirmou o FMI.