O Brasil teve seu crescimento reduzido em 2018 e 2019, de acordo com relatório de Perspectiva Econômica Mundial divulgado nesta terça-feira (9) pelo Fundo Monetário Internacional (FMI).
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Segundo o fundo, as projeções para o Produto Interno Bruto (PIB), índice que soma todos os bens e serviços produzidos pelo País anualmente, tiveram seu crescimento reduzido para 1,4% neste ano e 2,4% no próximo.
As quedas marcam 0,4 e 0,1 pontos percentuais, respectivamente. Em julho, quando o último relatório foi divulgado, os números indicavam expansão de 1,8% em 2018 e 2,5% em 2019.
De acordo com o FMI, a redução dos índices se deve ao grande impacto da greve dos caminhoneiros , que atingiu o País em maio. O relatório também cita as condições do mercado financeiro internacional, que estão “mais apertadas”, como justificativa: “São fonte de risco para as perspectivas.”
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Já o crescimento do PIB brasileiro, apesar de pequeno, fica por conta da recuperação da demanda privada, diz a instituição.
Outras projeções indicam crescimento reduzido no Brasil
Assim como o FMI, o Banco Mundial também indicou a queda nas previsões para o PIB brasileiro. Na última sexta-feira (5), a instituição publicou o relatório “Sobre Incertezas e Cisnes Negros: Como Gerenciar Riscos na América Latina e Caribe”, em que cita a greve dos caminhoneiros como um dos principais motivos para a redução dos números, além de “a persistência de grandes déficits fiscais, a falta de uma reforma previdenciária significativa e a crescente incerteza política sobre as eleições."
De acordo com o banco, a expectativa caiu de 2,4% para 1,2%, em 2018, e de 2,5% para 2,2% no ano que vem.
Nesta segunda-feira (8), o Boletim Focus , divulgado pelo Banco Central, também indicou retração na expectativa de crescimento . As instituições financeiras ouvidas pelo Banco ajustaram a estimativa para 1,34%, uma queda de 0,01 ponto percentual. Anteriormente, o índice marcava 1,35%.
Ainda segundo o boletim do Banco Central, as projeções para os próximos três anos, no entanto, não apresentaram crescimento reduzido : se mantiveram em 2,5%, sem alterações.
*Com informações da Agência Brasil