Boletim Focus, do Banco Central, aponta inflação ainda abaixo da meta de 4,5% para este ano, mas se aproximando do objetivo traçado pelo governo federal
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Boletim Focus, do Banco Central, aponta inflação ainda abaixo da meta de 4,5% para este ano, mas se aproximando do objetivo traçado pelo governo federal

Pela quarta semana consecutiva, o mercado financeiro elevou a projeção para o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA). De acordo com o Boletim Focus, divulgado nesta segunda-feira (8) pelo Banco Central, o indicador deve ser de 4,40% para este ano, e não mais de 4,30% como estimado na semana passada.

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O nova previsão que consta no Boletim Focus deixa a marca mais próxima do centro da meta fixada pelo Conselho Monetário Nacional (CMN), de 4,50%. De qualquer forma, como o novo sistema de metas da inflação estabelecido pelo governo federal prevê um intervalo de 1,5 ponto percentual acima e abaixo da meta, a expectativa segue dentro do limite desejado para esse ano que vai de 3% a 6%.

Além disso, o BC também está publicando a projeção da inflação oficial do País para os próximos quatro anos. Para as instituições financeiras, a expectativa para 2019 permaneceu em 4,20%. A notícia, portanto, também é boa para o governo já que a projeção do IPCA para 2019 por parte do mercado também está bem próxima do centro da meta de 4,25% para o ano que vem, com intervalo de tolerância entre 2,75% e 5,75%.

Enquanto isso, a expectativa para 2020 também seguiu de 4% pela segunda semana consecutiva e a de 2021 passou de 3,97% para 3,95%. Dessa forma, em 2020 a projeção do mercado está exatamente no centro da meta e a de 2021 também se aproximou do centro que é de 3,75%.

Boletim Focus também apresentou projeçoes do PIB e da Taxa Selic

Além da projeção da inflação, Boletim Focus do Banco Central também apresentou as projeções para o PIB, a taxa Selic e a cotação do dólar
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Além da projeção da inflação, Boletim Focus do Banco Central também apresentou as projeções para o PIB, a taxa Selic e a cotação do dólar

Para alcançar a meta de inflação, o Banco Central usa como instrumento a taxa básica de juros (Taxa Selic), atualmente no patamar mais baixo do registro histórico em 6,5% ao ano. E apesar da sinalização do BC de que é possível um aumento de 0,25 ponto percentual na próxima reunião do Comitê de Política Monetária (Copom), o mercado financeiro estimou que a Taxa Selic deve permanecer em 6,5% ao ano até o fim de 2018.

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Já para 2019, a expectativa é de aumento da taxa básica, terminando o período em 8% ao ano e para o fim de 2020, a projeção é 8,38% ao ano, ante 8,19% previstos na semana passada, voltando a 8% ao ano no final de 2021.

Com juros mais altos, o Copom espera conter a demanda, impedindo que o consumo acelere demais, o que causaria aumento da inflação, e estimulando, portanto, a poupança e demais investimentos, já que os juros fazem o dinheiro render mais parado.

Pelo contrário, quando o Copom reduz a Selic, a tendência é que o crédito fique mais barato, com incentivo à produção e ao consumo, reduzindo o controle da inflação e incentivando o consumo.

A manutenção da taxa básica de juros, como prevê o mercado financeiro este ano, indica que o Copom considera as alterações anteriores suficientes para chegar à meta de inflação.

As instituições financeira ouvidas pelo Banco Central, por sua vez, também ajustaram a estimativa de crescimento do Produto Interno Bruto (PIB), soma de todos os bens e serviços produzidos no País, de 1,35% para 1,34% neste ano, e mantiveram a estimativa de 2,5% de crescimento nos próximos três anos.

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Por fim, além da projeção do IPCA, da taxa Selic e do PIB, o Boletim Focus também divulgou que o mercado financeiro manteve a estimativa para a cotação do dólar em R$ 3,89 ao fim deste ano, e em R$ 3,83 ao término de 2019.

*Com informações da Agência Brasil

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