Analistas de instituições financeiram aumentaram, nesta quinta-feira (17), as projeções de rombo das contas públicas do Brasil para 2019. A estimativa, feita mensalmente pela Secretaria de Política Econômica, foi divulgada hoje pelo Ministério da Economia através do levantamento "Prisma Fiscal".
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De acordo com o documento, a previsão do déficit nas contas públicas do Governo Central (que englobam Tesouro Nacional, Previdência Social e Banco Central) passou de R$ 100,031 bilhões para R$ 102,385 bilhões no fim deste ano.
Mesmo com a alta, o valor do rombo ainda é inferior à meta de déficit imposta pelo governo para 2019, que é de até R$ 139 bilhões negativos nas contas. O rombo, ou déficit primário, como também pode ser chamado, é formado pela subtração das receitas menos as despesas, sem considerar os gastos com juros.
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Para 2020, a estimativa do mercado financeiro é de que o défict seja de R$ 68,778 bilhões, contra R$ 63,293 bilhões previstos em dezembro. Neste ano, a metade rombo é de R$ 110 bilhões.
Entre as contas públicas, Previdência é a que mais gasta
Na quarta-feira (16), o presidente Jair Bolsonaro (PSL) sancionou, com dois vetos parciais, o Orçamento 2019 . De acordo com o texto, que foi aprovado em dezembro pelo Congresso, estão previstos R$ 3 trilhões em despesas, “incluindo a proveniente da emissão de títulos destinada ao refinanciamento da dívida pública federal, interna e externa”.
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Além de estimar despesas no valor de R$ 3,381 trilhões, a lei sancionada por Bolsonaro considerou quanto desse valor vai para cada um dos gastos previtos nas contas públicas . A Previdência Social lidera, com R$ 637,9 bilhões reservados. O programa Mais Médicos terá R$ 3,7 bilhões e o Minha Casa, Minha Vida tem gastos previstos em R$ 4,6 bilhões. Já para investimentos governamentais, foram separados R$ 38,9 bilhões e outros R$ 376,2 bilhões em benefícios fiscais (renúncias de tributos e subsídios, por exemplo). As reservas de fundo partidário ficaram em R$ 927,7 milhões.