Pelo menos 320 parlamentares dos parlamentares que irão compor a Câmara dos Deputados a partir de fevereiro já são adeptos da nova reforma da Previdência, que será apresentada pela equipe econômica do presidente Jair Bolsonaro (PSL). A informação foi dita nesta quarta-feira (9) pela deputada federal eleita Joice Hasselmann (PSL-SP).
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De acordo com ela, apesar de o projeto da reforma da Previdência ainda não estar definido e nem ter sido apresentado, já possui apoiadores. A gente está construindo, ainda não terminamos. O ministro [da Casa Civil] Onyx [Lorenzoni] está responsável por fazer essa construção, mas hoje a gente tem aí, fechados conosco, 320 parlamentares", afirmou.
Joice Hasselmann também disse que, no momento, a grande preocupação do governo é "conseguir aprovar a reforma da Previdência o mais rápido possível". Para isso, a equipe de Bolsonaro está trabalhando em formar sua base aliada.
Para conseguir a aprovação da reforma, é necessário que a PEC (Proposta de Emenda à Constituição) do projeto consiga, pelo menos, 3/5 dos votos totais da Câmara dos Deputado, o que equivale a 308 votos dos 513 deputados existentes.
Em campanha para se reeleger presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM) já declarou que pretende colocar as reformas do novo governo em votação assim que elas chegarem. O mesmo compromisso foi firmado por Fábio Ramalho (MDB), atual vice-presidente da Câmara e adversário de Maia na eleição.
O ministro da Economia, Paulo Guedes, deve apresentar o projeto ao presidente na semana que vem. Na terça-feira (8), o economista disse que pretende capitalizar a Previdência
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Hasselmann defendeu regime diferente de reforma da Previdência para militares e pente fino do INSS
A futrura deputada federal também declarou apoio à criação de uma Medida Provisória que que revê regras previdenciárias para deflagrar um pente fino em todos os benefícios pagos pelo Instituto Nacional do Seguro Social (INSS). De acordo com ela, existem fraudes em cerca de um terço do valor gasto pelo INSS no pagamento de benefícios.
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Hasselmann também afirmou, em relação a fala do ministro-chefe da Secretaria do Governo, o general Carlos Ablberto dos Santos Cruz, que o regime de trabalho dos militares é "muito diferente" dos civis e que, por isso, a reforma precisa ser diferente para eles.
Ontem, o ministro disse que os militares não deveriam fazer parte da reforma da Previdência . Jooce concordou e acrescentou que os militares ficam à disposição 24 horas por dia, o que deve alterar o regime previdenciário dos mesmos.