
O futuro ministro da Economia, Paulo Guedes, anunciou, nesta quinta-feira (13), dois novos nomes para ocupar cargos de direção no Banco Central (BC). Eles participarão da gestão do presidente eleito, Jair Bolsonaro (PSL), a partir do ano que vem.
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Os escolhidos, Bruno Serra Fernandes e João Manoel Pinho de Mello, ocuparão os cargos de diretor de Política Monetária e diretor do setor de Organização do Sistema Financeiro, respectivamente. Para atuarem no Banco Central , seus nomes devem ser aprovados pelo Senado após a posse de Bolsonaro em 2019.
Bruno Serra Fernandes é economista formado pela Universidade de São Paulo. Atualmente, ele é o responsável pela mesa de renda fixa do Banco Itaú Unibanco, e já passou pelo BankBoston. No BC, sua ocupação, que será na Diretoria de Política Monetária, é considerada a mais importante da instituição financeira, já que o comandante deste cargo acompanha o Sistema de Pagamentos Brasileiro e administra as reservas internacionais.
Ele substituirá Reinaldo Le Grazie, que pediu exoneração por motivos pessoais e sairá nos próximos dias, assim que o decreto for publicado.
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João Manoel Pinho de Mello é, atualmente, secretário de Promoção da Produtividade, Advocacia da Concorrência e de Política Econômica do Ministério da Fazenda. Durante o governo de Bolsonaro , ele será o novo diretor de Organização do Sistema Financeiro, que conduz os processos administrativos instaurados pelo BC e acompanha a intervenção e liquidação de outros bancos.
Ele entrará no lugar de Sidnei Corrêa Marques, que ficará no cargo até o futuro diretor tomar posse.
Novo presidente do Banco Central já foi escolhido

Em novembro, o nome do também economista Roberto Campos Neto foi indicado pela equipe de transição de Bolsonaro para chefiar o BC. Ele é neto de Roberto Campos, que foi ministro do Planejamento de Castelo Branco durante a ditadura militar.
Campos Neto tem perfil liberal e é apoiador de medidas que restrinjam o tamanho do estado, sendo portanto próximo de Paulo Guede s. Formado em economia pela Universidade da Califórnia, nos Estados Unidos, e com especialização em finanças, ele já ocupou funções no Banco Bozano Simonsen, no banco Claritas e no Santander Brasil, último posto antes da recente indicação.
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Por ter status de ministro, o futuro chefe do Banco Central contará também com foro privilegiado na Justiça. Seu nome também deverá passar por uma sabatina na Comissão de Assuntos Econômicos do Senado Federal no ano que vem.