O Banco Central (BC) voltará a leiloar suas reservas internacionais nesta quarta-feira (28) para continuar segurando a alta do dólar. Na terça-feira (27), instituição financeira já havia vendido quantias da moeda americana .
De acordo com o banco, serão leiloados, hoje (28), US$ 1 bilhão, com o objetivo de conter a alta do dólar . Esse valor deve ser recomprado pela instituição financeira daqui a alguns meses. A oferta dos recursos, também chamada de leilão de linha, acontecerá em duas etapas: das 12h15 às 12h20 e das 12h35 às 12h40.
A decisão de realizar o leilão pelo segundo dia consecutivo aconteceu após os resultados do dia anterior serem significativos. No primeiro leilão, feito ontem, o BC vendeu US$ 2 bilhões, conseguindo interromper o aumento da cotação da moeda americana , que vinha apresentando alta há cinco sessões.
Na segunda-feira (26), o dólar fechou o dia com alta de 2,51%, a R$ 3,918. Esse foi o maior valor de venda desde o dia 2 e outubro, quando estava cotado a R$ 3,9333. O número também foi o maior, em termos percentuais, visto desde 14 de junho.
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Com a intervenção no câmbio feita ontem (27) pelo BC, a moeda americana encerrou a terça-feira cotada a R$ 3,877, com queda de 1,04%. Nesta quarta-feira, o dólar permanece em queda de 0,52%, vendido a R$ 3,857.
Cenário político internacional colaborou com a alta do dólar
No relatório Boletim Focus, divulgado na segunda-feira (26) pelo Banco Central , o mercado financeiro projetou cotação de R$ 3,70 para o dólar no fim de 2018, a mesma estimada no levantamento da semana passada (19) . Na previsão para 2019, entretanto, houve aumento: de R$ 3,76 para R$ 3,78
A alta do dólar está diretamente ligada ao cenário externo, que tem sido palco de situações delicadas e que podem influenciar a economia internacional. Enquanto, no último fim de semana, a União Europeia aprovou a saída do Reino Unido do bloco , há grandes expectativas e medo de turbulência no encontro marcado entre o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, e o chinês, Xi Jinping, no próximo fim de semana. Trump declarou, recentemente, que espera aumentar as tarifas sobre as importações chinesas, o que deixa os investidores mais apreensivos. Além disso, a política brasileira também tem sido vista com mais cautela após o resultado das eleições.
*Com informações da Agência Brasil