Analistas de instituições financeiras reduziram, pela quarta vez seguida, a projeção de inflação para o ano de 2018
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Analistas de instituições financeiras reduziram, pela quarta vez seguida, a projeção de inflação para o ano de 2018

Analistas de instituições financeiras reduziram, pela quarta semana consecutiva, as projeções para a inflação deste ano. A informação foi divulgada pelo Banco Central (BC), nesta segunda-feira (19), por meio do Boletim Focus.

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De acordo com o relatório, o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), que mede a  inflação  oficial do País, deve ficar em 4,13%. Na divulgação da semana anterior, o valor era de 4,23%, uma queda de 0,10 ponto percentual.

A expectativa segue abaixo da meta de inflação estipulada pelo Banco Central para 2018, que é de 4,5%, dentro da margem de erro (que vai de 3% a 6%). Mantendo-se dentro desse parâmetro, a meta anual é atingida.

Já para 2019, a projeção do BC é de 4,20%. Para os anos seguintes, o valor se mantém estável para 2020, em 4%, e diminui para 2021, atingindo 3,90%. 

A meta de inflação dos próximos anos, no entanto, é de 4,25% para 2019, 4% para 2020 e chega a 3,75% em 2021. O intervalo de tolerância é sempre de 1,5 ponto percentual.

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Apesar da inflação, taxa Selic deve seguir estável, em 6,5% ao ano

Boletim Focus aponta estabilidade da Taxa Selic e queda da inflação pela quarta semana consecutiva
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Boletim Focus aponta estabilidade da Taxa Selic e queda da inflação pela quarta semana consecutiva

Para alcançar a meta de inflação, o Banco Central usa como instrumento a taxa básica de juros, conhecida como  Taxa Selic , elevando ou reduzindo-a conforme a necessidade.

De acordo com o Boletim Focus , a expectativa segue em 6,5% ao ano e deve se manter estável até o final de 2018. Para os próximos anos, a estabilidade permanece em relação às últimas projeções. Para 2019, há expectativa de aumento da taxa básica, terminando o período em 8% ao ano e permanecendo nesse nível em 2020 e 2021.

O aumento da taxa, realizado pelo Comitê de Política Monetária ( Copom ), indica a intenção de conter a demanda aquecida, o que causa reflexos nos preços, porque os juros mais altos encarecem o crédito e estimulam a poupança.

A manutenção da taxa básica de juros, como previsto para este ano, indica que o Copom considera as alterações anteriores suficientes para chegar à meta de inflação.

Dólar deve permanecer estável ao final de 2018 e de 2019, mesmo com a queda da inflação projetada pelo BC
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Dólar deve permanecer estável ao final de 2018 e de 2019, mesmo com a queda da inflação projetada pelo BC

As quatro últimas projeções indicam que o crescimento do Produto Interno Bruto ( PIB ), que compreende a soma de todos os bens produzidos no País, permanecerá estável. Desde a última realizada no mês de outubro, todas mantêm a expectativa de 1,36% para 2018. Para os três anos posteriores, o valor chega em 2,5%.

Em relação a projeção realizada na última semana , a única grande mudança notada se dá quanto ao índice de inflação, que caiu 0,10 ponto percentual e agora atinge 4,13%.

Além da soma do PIB e a previsão da  inflação , o Boletim Focus também mediu a expectativa para a cotação do dólar, que permanece estável para o final de 2018 e de 2019, registrando R$ 3,70 e R$ 3,76, respectivamente.

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