Analistas de instituições financeiras reduziram, pela terceira vez consecutiva, as projeções para a inflação deste ano. A informação foi divulgada, nesta segunda-feira (12), pelo Banco Central (BC), por meio do Boletim Focus.
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De acordo com o relatório, o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), que mede a inflação oficial do País, deve ficar em 4,23%. Na divulgação da semana anterior, o valor era de 4,40%, uma queda de 0,23 ponto percentual.
A expectativa segue abaixo da meta de inflação estipulada pelo Banco Central para 2018, que é de 4,5%, dentro da margem de erro (que vai de 3% a 6%). Mantendo-se dentro desse parâmetro, a meta anual é atingida.
Para 2019, a meta do BC é 4,25% com intervalo de tolerância entre 2,75% e 5,75%. Para os anos seguintes, o valor se mantém estável para 2020, em 4%, e diminui para 2021, atingindo 3,75%.
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Taxa Selic deve permanecer estável, em 6,5% ao ano
Para alcançar a meta de inflação, o Banco Central usa como instrumento a taxa básica de juros, conhecida como Taxa Selic , elevando ou reduzindo-a conforme a necessidade.
De acordo com o Boletim Focus, a expectativa segue em 6,5% ao ano e deve se manter estável até o final de 2018. Para o próximo ano, há expectativa de aumento da taxa básica, terminando o período em 8% ao ano e permanecendo nesse nível em 2020 e 2021.
O aumento da taxa realizado pelo Comitê de Política Monetária (Copom) indica a intenção de conter a demanda aquecida, o que causa reflexos nos preços porque os juros mais altos encarecem o crédito e estimulam a poupança.
A manutenção da taxa básica de juros, como previsto para este ano, indica que o Copom considera as alterações anteriores suficientes para chegar à meta de inflação.
Outras previsões do Boletim Focus
As estimativas registradas no relatório da semana passada e no último realizado em outubro foram mantidos quanto ao crescimento do Produto Interno Bruto (PIB), que é a soma de todos os bens produzidos no País. Para 2018, a expectativa é de 1,36%, enquanto a projeção para os próximos três anos, 2019, 2020 e 2021, é de 2,50%.
Além da soma do PIB e a previsão da inflação , o Boletim Focus também mediu a expectativa para a cotação do dólar, que permanece em R$ 3,70 para 2018 e caiu de R$ 3,80 para R$ 3,76 no término de 2019.