O Índice da Bolsa de Valores de São Paulo (Ibovespa), apresentou forte recuo nesta quarta-feira (17), depois que o Senado rejeitou, na terça-feira (16), o projeto que previa a privatização da Eletrobras, facilitando as vendas de suas distribuidoras.
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A derrubada do projeto de privatização da Eletrobras fez com que, pela manhã, o Ibovespa registrava queda de 0,48%, com 85.308 pontos, mesmo tendo fechado em alta ontem, quando marcava 2,83%. Às 16h, o índice de queda diminuiu, chegando a 0,14% e 85.600 pontos.
No mesmo horário, também por volta das 16h, as ações da estatal de energia elétrica apresentavam baixa. Entre as preferenciais (que tem prioridade no pagamento de lucros e dividendos), a queda é de 3,62% e, nas ordinárias (que tem direito a voto em assembleia de acionistas), 3,59%.
Pela manhã, as ações preferenciais caíram 6,92% e as ordinárias baixaram 8,13%.
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O Senado recusou, ontem, por 34 votos a 18 , o Projeto de Lei da Câmara 77 de 2018, que foi encaminhado ao Congresso pelo governo federal e tramitava em regime de urgência.
O projeto tinha como objetivo facilitar a venda de seis distribuidoras da estatal.
Das seis distribuidoras incluídas na proposta, o governo já leiloou quatro: Companhia Energética do Piauí (Cepisa), Companhia de Eletricidade do Acre (Eletroacre), Centrais Elétricas de Rondônia (Ceron) e Boa Vista Energia.
As outras duas são a Amazonas Distribuidora de Energia, cujo leilão tinha sido adiado para a semana que vem, e a Companhia Energética de Alagoas, que teve sua privatização suspensa por uma decisão judicial.
Eletrobras nas Eleições 2018
Na quarta-feira passada (10), os números da estatal de energia elétrica registraram os piores desempenhos do dia no Ibovespa caíram mais de 10%. A queda aconteceu depois do candidato à Presidência Jair Bolsonaro (PSL) sinalizar resistência à privatização da Eletrobras em um eventual governo. Em entrevista à TV Bandeirantes, Bolsonaro afirmou que “não se pode deixar [a empresa] nas mãos de terceiros”, já que, dessa forma, se perde a garantia do serviço. Ele adiantou que apenas a área de distribuição da empresa poderia ter sua venda negociada, mas não a área de geração.