O mercado financeiro elevou, pela quinta vez consecutiva, a estimativa para a inflação deste ano e de 2019 no País. Os números são do Boletim Focus, realizado pelo Banco Central (BC) e divulgado nesta segunda-feira (15).
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De acordo com a pesquisa, o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), que é a inflação oficial do Brasil, deve ficar em 4,43% neste ano. O número é mais próximo da meta de inflação fixada pelo Conselho Monetário Nacional (CMN), de 4,50%, e que pode ficar entre os limites de 3% e 6%. Na semana passada, a projeção do Boletim Focus para o IPCA em 2018 estava em 4,40%.
Para o próximo ano, a projeção da inflação também foi ajustada e marcou 4,21%, ao contrário do relatório da segunda-feira anterior (8), quando marcava 4,20%. A meta estabelecida para 2019 é de 4,25%, com intervalo de tolerância entre 2,75% e 5,75%.
O boletim também registrou mudança nas previsões para 2021, em que os índices passaram de 3,95% para 3,92% (a meta da inflação, nesta data, é de 3,75%, com limite inferior de 2,25% e superior de 5,25%). A estimativa para 2020, no entanto, se manteve em 4%, com taxas de tolerância entre 2,5% e 5,5%.
Projeções do Boletim Focus para a taxa Selic
Para alcançar a meta de inflação, o Banco Central usa a taxa básica de juros da economia (Selic), elevando ou reduzindo-a. Atualmente, a Selic está em 6,5% ao ano e, de acordo com as projeções do mercado financeiro, deve permanecer assim até o fim de 2018.
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Nas projeções para os próximos anos, a expectativa é de aumento da taxa, com 8% ao ano para 2019, 8,38% para 2020 e 8% ao ano novamente em 2021.
Boletim Focus mantém a estimativa de crescimento do PIB
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O Boletim Focus também apresentou resultados para o Produto Interno Bruto (PIB) - soma de todos os bens e serviços produzidos pelo País. A projeção de crescimento se manteve a mesma da semana passada, quando foi estimada em 1,34% para 2018 e em 2,5% nos próximos três anos.
*Com informações da Agência Brasil