A Confederação Nacional da Indústria (CNI) revisou as projeções para o crescimento da economia brasileira neste ano. O Informe Conjuntural do terceiro trimestre, publicado nesta quinta-feira (11), apontou índices reduzidos para o PIB do País e industrial.
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A nova previsão indica que o PIB – soma de todas as riquezas produzidas pelo País – da economia brasileira crescerá 1,3% em 2018. O índice é 0,3 ponto percentual a menos do que marcava na projeção anterior, feita em junho, que apontava alta de 1,6%.
Na terça-feira (9), o Fundo Monetário Internacional (FMI) também reduziu as expectativas de crescimento do Brasil para 2018 e 2019 de 1,8% para 1,4% e de 2,5% para 2,4%, respectivamente.
O PIB industrial apresentou estimativa de queda ainda maior: 0,5 pontos percentuais, registrando também 1,3% na previsão. No último relatório, também em junho, a estimativa era que o crescimento fosse de 1,8%.
De acordo com a CNI, a diminuição dos índices e o ritmo lento do crescimento da economia no terceiro semestre acompanham o cenário instável do País.
Além da greve dos caminhoneiros, que já se encontra “relativamente normalizada”, o principal agravante, segundo a entidade, é o cenário político. Ainda incerto quanto às eleições presidenciais, ao programa econômico do futuro governo e ao “indispensável” ajuste fiscal, o quadro “freou as decisões de ampliação da produção, do emprego e do investimento.”
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Outras projeções
Além das previsões para o PIB brasileiro e industrial, a CNI também indicou projeções para o consumo das famílias e a taxa de desemprego.
O informe aponta que o consumo aumentará 1,9%, diferente dos 2% divulgados em junho, e a taxa de desemprego fechará o ano com 12,2% - número menor que do relatório anterior, quando marcava 12,4%.
A entidade ainda estima que a dívida pública chegará, neste ano, a 77,1% do PIB do País. Dessa forma, o déficit alcançará 1,9% do PIB, mostrando que as despesas ainda são maiores do que as receitas.
CNI aponta solução para a economia brasileira
Com a redução das projeções, a CNI se põe como favorável às reformas no próximo governo. “É possível avançar nessas discussões com sucesso, aprovando a reforma da Previdência e os projetos que tratam da remuneração dos servidores públicos. Ambos são cruciais para reduzir o ritmo de expansão das despesas primárias”, destaca.
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Ainda segundo a indústria, as reformas, que devem incluir ajuste fiscal que elimine o déficit, poderão fazer a economia brasileira superar a crise e crescer até 3% no próximo ano.
*Com informações da Agência Brasil