A pesquisa mensal Prisma Fiscal, elaborada pela Secretaria de Política Econômica do Ministério da Fazenda e baseada em informações fornecidas pelo mercado financeiro, indica redução no deficit das contas públicas em relação à estimativa do governo para o ano de 2018.
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Instituições Financeiras consultadas pelo Ministério da Fazenda reduziram a previsão para o deficit das contas públicas em 2018. A estimativa de défice primário do Governo Central, formado por Tesouro Nacional, Previdência Social e Banco Central, passou de R$ 141,038 bilhões para R$ 137,259 bilhões e segue abaixo da meta estipulada pelo governo Temer, de R$ 159 bilhões.
Deficit primário é o resultado da subtração entre receitas e despesas durante determinado período de tempo (a conta realizada é anual), desconsiderando gastos com juros. Para 2019, a estimativa é de deficit de R$ 117,772 bilhões, diante dos R$ 123,808 bilhões previstos pelas instituições financeiras em setembro.
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Deficit das contas públicas maior em 2019
No relatório divulgado nesta quinta-feira (11), há previsão de menos despesas, mas também menos receitas. A estimativa passou de R$ 1,364 trilhão para R$ 1,362 trilhão nas despesas e o ajuste nas receitas líquidas foi de R$ 1,224 trilhão para R$ 1,223 trilhão.
Para 2019, a projeção de receita líquida do Governo Central é de R$ 1,311 trilhão, contra a quantia de R$ 1,306 trilhão prevista em setembro. Em relação à despesa total, também houve aumento em relação ao projetado no último mês: de R$ 1,423 trilhão para R$ 1,427 trilhão.
Na pesquisa, há também a divulgação de projeção sobre a dívida bruta do Governo Central. Na análise das instituições financeiras consultadas, o número deve girar em torno de 77% do Produto Interno Bruto (PIB) deste ano. O PIB é a soma de todas as riquezas produzidas pelo País. A previsão anterior era de 76,1% do PIB e, para 2019, há projeção de 78,65%, sendo que em setembro esse número também era inferior: 78,12% foi o número estimado em setembro.
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A redução do deficit das contas públicas ocorre após grande aumento do endividamento em relação ao ano anterior. Até agosto, o deficit havia subido 77,1% em relação ao mesmo mês do ano anterior.