Com 343,5 mil e 388 mil, respectivamente, os meses de junho e julho deste ano tiveram os maiores registros de fraudes envolvendo clonagem de cartão de crédito
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Com 343,5 mil e 388 mil, respectivamente, os meses de junho e julho deste ano tiveram os maiores registros de fraudes envolvendo clonagem de cartão de crédito

O número de fraudes relacionadas ao uso de cartões de crédito em transações pelo celular tem aumentado no país. Segundo levantamento do laboratório de cibersegurança da Psafe, entre janeiro e agosto deste ano já foram detectados mais de 6,7 milhões de golpes envolvendo bancos ou cartão de crédito no ambiente mobile - ou 3,6 fraudes por minuto.

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Só em 2018, foram anotados 920 mil golpes na internet com o objetivo de roubar dados financeiros de consumidores. Com 343,5 mil e 388 mil, respectivamente, os meses de junho e julho tiveram os maiores registros de fraudes envolvendo clonagem de cartão de crédito . Os menores índices foram verificados em março (10 mil ataques) e abril (6,5 mil ataques).

Especialistas da PSafe apontam que não é possível determinar a motivação dos golpes, mas acreditam que os dados variam de acordo com a sazonalidade e “criatividade” dos hackers . O aumento do número de fraudes em junho e julho, por exemplo,  pode esta associado ao período de férias escolares, em que as famílias costumam viajar mais e, consequentemente, usar mais o cartão de crédito.

Segundo os estudiosos, os  hackers têm se aproveitado cada vez mais de contextos reais para criar golpes com um visual bastante crível, o que também influencia o aumento dos casos de fraude.

Alerta aos consumidores

O consumidor deve prestar atenção às movimentações do seu cartão de crédito e comunicar imediatamente os bancos ou as instituições financeiras caso verifique alguma inconsistência
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O consumidor deve prestar atenção às movimentações do seu cartão de crédito e comunicar imediatamente os bancos ou as instituições financeiras caso verifique alguma inconsistência

De acordo com a diretora do Departamento de Proteção e Defesa do Consumidor do Ministério da Justiça, Ana Carolina Guimarães, a pasta tem alertado os consumidores para verificarem a procedência dos sites e, principalmente, desconfiar de facilidades oferecidas pelos estabelecimentos virtuais.

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“Quando se fala de fraude, vai além de uma relação de consumo. É um crime praticado por pessoas que usam de má fé, se apropriam de dados do consumidor para se beneficiar indevidamente", disse a diretora. "Alguns benefícios oferecidos não são reais, são produtos com preços fora do valor real de consumo. O consumidor precisa ficar atento”.

De acordo com Ana Carolina, o consumidor também deve prestar atenção às suas movimentações e comunicar imediatamente os bancos ou as instituições financeiras caso verifique alguma inconsistência.

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“Entre em contato com banco e peça o cancelamento do que estiver em desacordo. O consumidor também tem seu papel de verificar toda movimentação financeira", defende. "Os bancos ou estabelecimentos comerciais que não cancelarem imediatamente ou que não cuidarem de suas relações de consumo vão responder juridicamente por essas falhas”, acrescentou.

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A diretora ainda acrescentou que instituições financeiras têm aprimorado suas tecnologias para evitar golpes envolvendo seus clientes. À Agência Brasil , Ana Carolina citou o caso de um banco, sem especificar qual, que instalou o reconhecimento digital nas operações realizadas pelo celular e, com isso, reduziu em mais de 80% nas fraudes no sistema. 

Uso seguro do cartão de crédito

Segundo o Ministério da Justiça, 80% das reclamações registradas no sistema da Senacon e relacionadas a fraudes no cartão de crédito são solucionadas pelas empresas
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Segundo o Ministério da Justiça, 80% das reclamações registradas no sistema da Senacon e relacionadas a fraudes no cartão de crédito são solucionadas pelas empresas

Para evitar fraudes, a Secretaria Nacional do Consumidor (Senacon) sugere que o usuário pesquise as opiniões dos clientes do estabelecimento antes de realizar transações em plataformas de venda on-line.

Além disso, o órgão aconselha os compradores a buscarem empresas que forneçam o endereço físico no site, CNPJ (Cadastro Nacional da Pessoa Jurídica), e um telefone de atendimento ao consumidor. A secretaria orienta, ainda, a desconfiar de ofertas muito generosas e a comparar produtos similares em outros fornecedores.

A Senacon também a plataforma consumidor.gov.br , que reúne reclamações e avaliações dos clientes. O sistema permite a interlocução direta entre consumidores e empresas para solução de conflitos de consumo pela internet.

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Segundo o Ministério da Justiça, 80% das reclamações registradas no sistema relativas a fraudes no cartão de crédito são solucionadas pelas empresas, que respondem às demandas dos consumidores em um prazo médio de sete dias.


*Com informações da Agência Brasil

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