Além da escassez na hidrelétricas, conta de luz do consumidor também é impactada pelo deficit do setor
MARCELO CAMARGO/AGÊNCIA BRASIL
Além da escassez na hidrelétricas, conta de luz do consumidor também é impactada pelo deficit do setor

A bandeira tarifária da conta de luz poderá continuar vermelha até o final de 2018, avaliou o diretor-geral do Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS), Luiz Eduardo Barata, durante o seminário "O Futuro do Setor Elétrico Brasileiro: Desafios e Oportunidades", promovido nesta sexta-feira (14), no Rio de Janeiro.

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Durante o encontro, Barata explicou que, mesmo com o início do período de chuvas, as térmicas deverão continuar ligadas, uma vez que existe um contexto de escassez hídrica nas hidrelétricas, o que justifica a manutenção da conta de luz na bandeira vermelha.

Sistema de bandeiras na conta de luz

Consumidor está pagando conta de luz na bandeira vermelha desde o mês de junho
Reprodução
Consumidor está pagando conta de luz na bandeira vermelha desde o mês de junho

Conforme explica a Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel), o sistema de bandeiras foi pensado para sinalizar ao consumidor os custos reais da geração de energia elétrica . As cores verde, amarela ou vermelha indicam se a energia está mais ou menos cara por causa das condições de geração. Confira o que significa cada uma delas:

  • Bandeira verde: Condições favoráveis de geração de energia. A tarifa não sofre nenhum acréscimo;
  • Bandeira amarela: Condições de geração menos favoráveis. A tarifa sofre acréscimo de R$ 0,010 para cada 1 quilowatt-hora (kWh) consumido;
  • Bandeira vermelha : Condições mais custosas de geração. Assim, os valores da Bandeira vermelha é dividido em “Patamar 1” que significa um aumento de R$ 0,030 para cada 1kWh consumido e “Patamar 2”, no qual será cobrado R$ 0,050 para cada 1kWh consumido.

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Deficit do setor elétrico também encarece a energia

Consumidor sentirá repasse na conta de luz somente no ano que vem
Reprodução
Consumidor sentirá repasse na conta de luz somente no ano que vem

No começo de setembro, após uma reunião com a diretoria da Aneel, foi confirmado que as  contas de luz ficariam mais caras. Isso porque os consumidores devem pagar R$ 1,937 bilhão para cobrir o deficit do orçamento da Conta de Desenvolvimento Energético (CDE) de 2018.

O valor aprovado é maior do que o colocado em audiência pública no dia 7 de agosto. Na época, a Aneel havia proposto um aumento de R$ 1,446 bilhão, que também seria distribuído entre as contas de luz pagas pelos consumidores.

A CDE financia medidas como o pagamento de indenizações a empresas e o subsídio para as contas de luz das famílias de baixa renda, por exemplo. O reajuste foi definido depois que a Câmara de Comercialização de Energia Elétrica (CCEE) verificou que o orçamento da CDE deste ano seria insuficiente para pagar todas as despesas.

O acréscimo será repassado para as tarifas que forem reajustadas ainda em 2018. Para as empresas que distribuem energia elétrica e já sofreram aumento este ano, o valor só será incluído na conta de luz dos consumidores em 2019.

*Com informações da Agência Brasil

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