Há cerca de um mês, a Aneel havia proposto um aumento de R$ 1,446 bilhão, que também seria distribuído entre as contas de luz pagas pelos consumidores
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Há cerca de um mês, a Aneel havia proposto um aumento de R$ 1,446 bilhão, que também seria distribuído entre as contas de luz pagas pelos consumidores

A contas de luz vão ficar ainda mais caras a partir de agora. Isso porque os consumidores deverão pagar R$ 1,937 bilhão para cobrir o déficit do orçamento da Conta de Desenvolvimento Energético (CDE) de 2018. A informação foi confirmada nesta terça-feira (4) após reunião da diretoria da Aneel (Agência Nacional de Energia Elétrica).

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O valor aprovado é maior do que o colocado em audiência pública há cerca de um mês, no dia 7 de agosto. Na época, a Aneel havia proposto um aumento de R$ 1,446 bilhão, que também seria distribuído entre as contas de luz pagas pelos consumidores.

A CDE financia medidas como o pagamento de indenizações a empresas e o subsídio para as contas de luz das famílias de baixa renda, por exemplo. O reajuste foi definido depois que a Câmara de Comercialização de Energia Elétrica (CCEE) verificou que o orçamento da CDE deste ano seria insuficiente para pagar todas as despesas.

O acréscimo será repassado para todas as contas de luz que forem reajustadas ainda em 2018. Para as empresas que distribuem energia elétrica e já sofreram aumento este ano, o valor só será incluído na tarifa dos consumidores em 2019.

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Com a revisão aprovada pela Aneel , o custo da CDE em 2018 passou de R$ 18,8 bilhões para R$ 20 bilhões. O valor a ser pago pelos consumidores, porém, é maior do que o aumento dessas despesas, uma vez que algumas receitas também diminuíram, como os repasses da Reserva Geral de Reversão.

Por que aumentar as contas de luz

O aumento de R$ 1,418 bilhão na previsão de gastos com subsídios tarifários também contribuiu para o crescimento do déficit do fundo - e, consequentemente, para a necessidade de reajuste nas contas de luz
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O aumento de R$ 1,418 bilhão na previsão de gastos com subsídios tarifários também contribuiu para o crescimento do déficit do fundo - e, consequentemente, para a necessidade de reajuste nas contas de luz

Os empréstimos oferecidos às distribuidoras da Eletrobras que serão privatizadas são uma das razões que explicam o aumento no déficit da CDE. Como a privatização dessas empresas atrasou, as concessões foram prorrogadas e o repasse de recursos para a CDE foi reduzido, passando de R$ 1,307 bilhão para R$ 478 milhões.

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O aumento de R$ 1,418 bilhão na previsão de gastos com subsídios tarifários, como para empresas de saneamento, por exemplo, também contribuiu para o crescimento do déficit do fundo - e, consequentemente, para a necessidade de reajuste nas contas de luz dos brasileiros.

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