O mercado financeiro elevou a projeção do Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) deste ano para 4,28%. O resultado publicado nesta segunda-feira (24) no Boletim Focus é 0,19 ponto percentual (p.p) superior à estimativa para a inflação da semana passada, quando a marca foi de 4,09% .
Com a nova alta, o indicador se aproximou ainda mais da meta fixada pelo Conselho Monetário Nacional (CMN), de 4,50%. A estimativa para a inflação calculada pelo mercado financeiro também segue dentro do limite inferior e superior do índice que estão, respectivamente, em 3% e 6%.
Conforme o Boletim Focus registrou, para 2019, a expectativa para o IPCA também aumentou, passando de 4,11% para 4,18%. Em relação a 2020, o resultado foi de estabilidade, uma vez que a estimativa para o indicador permaneceu em 4%.
Enquanto que, para 2021, a projeção para a inflação também subiu chegando a 3,97%. Na semana passada, a previsão foi de 3,92%.
Como aponta o Banco Central (BC), a projeção para a inflação de 2020 é a única igual à meta central, pois a previsão para o ano que vem é de 4,25%, enquanto que, para 2021, é de 3,75%.
Estimativa para a inflação aumenta e a do PIB cai
Ao contrário da projeção do IPCA que apresentou alta, a estimativa para o Produto Interno Bruto (PIB) caiu pela quinta semana consecutiva, passando de 1,36% para 1,35%. Por outro lado, para 2019, 2020 e 2021, a estimativa para o crescimento econômico continua em 2,50% há várias semanas.
Já a taxa básica de juros, a Selic, permanece em 6,50% , mesmo após a reunião do Comitê de Política Monetária (Copom) da última semana.
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Com a continuidade da taxa, essa é a quarta reunião que o Copom optou por manter a Selic nesse mesmo índice, depois de promover um ciclo de cortes responsáveis por levar o indicador ao menor nível da história.
Para 2019, a expectativa é de aumento da taxa básica, terminando o período em 8% ao ano e permanecendo nesse patamar em 2020 e 2021.
Com o aumento da Selic, o Banco Central tem como objetivo conter a demanda aquecida, o que gera reflexos nos preços, porque juros mais altos encarecem o crédito e estimulam que mais dinheiro fique contido na poupança do consumidor.
Agora, quando a instituição opta por diminuir o índice dos juros básicos, a ideia é fazer com que o crédito fique mais barato, com incentivo à produção e ao consumo, reduzindo o controle sobre a inflação.
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Além da estimativa para a inflação , do crescimento da atividade econômica e da Selic, o Focus traz a previsão do mercado financeiro para a cotação do dólar, que subiu de R$ 3,83 para R$ 3,90 no final deste ano. Para o fim de 2019, a previsão também apresentou alta, quando passou de R$ 3,75 para R$ 3,80.
*Com informações da Agência Brasil