O Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) será de 4,09% neste ano, conforme aponta o mercado financeiro consultado pelo Banco Central (BC). O resultado divulgado nesta segunda-feira (17) é de alta, uma vez que, na última semana, a estimativa para a inflação estava em 4,05% .
Com o novo resultado, o indicador se aproximou da meta fixada pelo Conselho Monetário Nacional (CMN), de 4,50%. A estimativa para a inflação calculada pelo mercado financeiro também segue dentro do limite inferior e superior do índice, que estão, respectivamente, em 3% e 6%.
Se, para 2018, a expectativa para o IPCA aumentou, para os próximos anos o mercado financeiro manteve as projeções estáveis. Sendo assim, para 2019, o indicador permanece em 4,11%; já para 2020, em 4%, e para 2021, em 3,92%, de acordo com o Boletim Focus desta semana.
Como aponta o BC, a projeção para a inflação de 2020 é a única igual à meta central, pois a previsão para o ano que vem é de 4,25%, enquanto que, para 2021, é de 3,75%.
Estimativa para a inflação aumenta e a do PIB cai
Diferente da projeção para a inflação, que obteve alta, a expansão do Produto Interno Bruto (PIB) apresentou a quarta queda consecutiva, passando de 1,40% para 1,36% neste ano. Por outro lado, para 2019, 2020 e 2021, a estimativa para o crescimento econômico continua em 2,50% há várias semanas.
Leia também: "Prévia do PIB" obtém crescimento de 0,57% em julho, aponta Banco Central
Já a taxa básica de juros, a Selic, que atualmente está em 6,50% ao ano, pode mudar na quarta-feira (19). Haverá duas reuniões do Comitê de Política Monetária (Copom) nesta semana para decidir qual será a taxa.
Você viu?
Embora os encontros estejam marcados, o mercado financeiro espera que a Selic permaneça em 6,50% até o final deste ano. As instituições avaliam que as alterações anteriores realizadas pelo Copom sobre a taxa já são o suficiente para chegar à meta de inflação, de 4,50%.
Nas últimas três reuniões, o Copom optou por manter a Selic nesse mesmo índice depois de promover um ciclo de cortes responsáveis por levar o indicador ao menor nível da história.
Em relação a 2019, a taxa deve subir e encerrar o período em 8% ao ano. Por outro lado, para 2020 e 2021, a estimativa é de que a Selic seja, respectivamente, de 8,13% e 8%.
Por que fazer ajustes na Selic?
Com o aumento da Selic, o Banco Central tem como objetivo conter a demanda aquecida, o que gera reflexos nos preços, uma vez que juros mais altos encarecem o crédito e estimulam que mais dinheiro fique contido na poupança do consumidor.
Agora, quando a instituição opta por diminuir o índice dos juros básicos, a ideia é fazer com que o crédito fique mais barato, com incentivo à produção e ao consumo, reduzindo o controle sobre a inflação.
Além da estimativa para a inflação , do crescimento da atividade econômica e da Selic, o Focus traz a previsão do mercado financeiro para a cotação do dólar, que subiu de R$ 3,80 para R$ 3,83 no final deste ano. Para o fim de 2019, a previsão também apresentou alta, quando passou de R$ 3,70 para R$ 3,75.
*Com informações da Agência Brasil