Há um ano, taxa de desemprego atingiu 13,3 milhões de pessoas no Brasil
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Há um ano, taxa de desemprego atingiu 13,3 milhões de pessoas no Brasil

A taxa de desemprego no Brasil caiu para 12,3% no trimestre entre maio e julho deste ano. O balanço realizado pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) aponta queda de 0,6 ponto percentual (p.p) em relação ao trimestre de fevereiro a abril, quando a marca foi de 12,9%. Mesmo com a melhora, ainda há 12,9 milhões de pessoas desempregadas, segundo o estudo divulgado nesta quinta-feira (30).

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Em relação ao mesmo período de 2017, o indicador também apresentou queda, uma vez que, anteriormente, a taxa de desemprego de 12,8% atingia mais de 13,3 milhões de pessoas.

Além de medir o desemprego, o IBGE também levantou a taxa de subutilização , composta por desempregados e subocupados por insuficiência de horas. Nesse quesito, a comparação entre os trimestres ficou praticamente estável, passando de 24,6% para 24,5%.

Porém, quando se comparam o trimestre encerrado em julho de 2018 com o mesmo período do ano passado, a taxa de subutilização da força de trabalho apresenta alta de 0,5 p.p, já que era de 23,9% e atingia 26,6 milhões de pessoas. Atualmente, há 27,6 milhões de trabalhadores no grupo.

O contingente de pessoas subocupadas por insuficiência de horas subiu 4,3% entre o trimestre encerrado em julho de 2018 e o encerrado em abril, o que significa mais de 270 mil pessoas nessa situação. Em relação aos meses de maio, junho e julho de 2017, a alta foi de 9,3%.

Um grupo que apresentou uma variação positiva bem impactante foi a de pessoas desalentadas. O IBGE define a população desalentada como aquela que está fora da força de trabalho por não conseguir um emprego adequado; não tem experiência ou qualificação; é considerada muito jovem ou idosa; não existe trabalho na localidade em que reside – e que, se tivesse conseguido trabalho, estaria disponível para assumir a vaga. De um modo geral, é alguém que "desistiu de tentar uma vaga de emprego".

Essa categoria cresceu 17,8% em apenas um ano, sendo que antes havia 4.090 milhões de pessoas desalentadas. No comparativo com o trimestre encerrado em abril, o indicador se manteve estável. O indicador calculou que há pelo menos 4.080 milhões de pessoas no contingente em questão.

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Novo indicador da taxa de desemprego reflete no nível de ocupação

Embora a taxa de desemprego tenha diminuído, número de trabalhadores registrados se manteve estável
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Embora a taxa de desemprego tenha diminuído, número de trabalhadores registrados se manteve estável

O número de empregados cresceu 1% em relação ao trimestre anterior e chegou à marca de 91,7 milhões, ou seja, mais 928 mil pessoas passaram a ter uma ocupação entre os meses de maio e julho. Frente ao mesmo período do ano passado, a alta foi de 1,1%. Sendo assim, o nível de ocupação foi estimado em 53,9% no trimestre fechado em julho de 2018.

Embora o número de empregados tenha aumentado significativamente, a soma de trabalhadores com carteira assinada se manteve estável em ambas as comparações, em 33 milhões.

Já o número de pessoas que trabalham sem carteira assinada subiu 3,4% em relação ao trimestre encerrado em julho de 2017, e ficou estável frente ao trimestre fechado em abril de 2018. Hoje, o grupo é composto por 11,1 milhões de pessoas no Brasil.

A categoria dos trabalhadores por conta própria também se manteve estável nos trimestres deste ano, somando uma população de pouco mais de 23,1 milhões. Por outro lado, na comparação com o mesmo período do ano anterior, houve alta de 2,1%, mais de 483 mil pessoas.

O grupo dos trabalhadores domésticos cresceu 3,2% em um ano e chegou à marca de 6,3 milhões de pessoas. Frente ao trimestre anterior, de fevereiro a abril, a soma ficou estável.

O número de empregados no setor público, que inclui servidores estatuários e militares, ficou estimado em 11,7 milhões de pessoas e apresentou um aumento de 2,5% em relação ao trimestre anterior. Entretanto, em relação ao mesmo período de 2017 houve estabilidade.

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A taxa de desemprego e ocupação oscilou, mas o rendimento médio real habitual no Brasil continua estável em ambas as comparações. Atualmente o valor está em R$ 2.205, sendo que, no trimestre de fevereiro a abril de 2018 e no mesmo período de 2017, os saldos são respectivamente de R$ 2.215 e R$ 2.188.

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