Brasil Econômico

A taxa de juros média do rotativo do cartão de crédito registrou alta de 0,4 ponto percentual em junho na comparação com o mês anterior. Segundo dados divulgados nesta quinta-feira (27) pelo Banco Central, os consumidores que não pagaram o valor integral da fatura no prazo correto pagaram, em média, uma taxa de 378,3% ao ano. O resultado foi influenciado, principalmente, pela taxa de 460,7% ao ano cobrada por quem não pagou ou atrasou o pagamento mínimo da fatura. Esta modalidade registrou alta de 6,8 pontos percentuais em junho.

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Ao mesmo tempo, os juros para quem pagou somente o valor mínimo da fatura no prazo estipulado ficaram em 230,4% ao ano no mês passado, com queda de 28,1 pontos percentuais na comparação com maio. O rotativo é o crédito tomado quando os consumidores não pagam o valor integral da fatura do cartão. Desde abril, os clientes que não pagarem o valor integral da fatura podem ser mantidos pelos bancos no crédito rotativo por somente 30 dias.

Em junho, taxa média de juros da modalidade de crédito ficou em 378,3% ao ano, com alta de 0,4 ponto percentual
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Em junho, taxa média de juros da modalidade de crédito ficou em 378,3% ao ano, com alta de 0,4 ponto percentual

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Fixada pelo Conselho Monetário Nacional (CMN) em janeiro, a nova regra obrigou as instituições financeiras a transferirem os consumidores nessa situação para o crédito parcelado, que possui taxas menoras. Em junho, a taxa do crédito parcelado registrou queda de 1,8 ponto percentual, passando para 157,8% ao ano.

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Já a taxa de juros do  cheque especial ficou em 322,6% ao ano, em junho. O resultado representa uma queda de 2,5 pontos percentuais em relação ao mês de maio. A taxa média de juros para as famílias caiu 1,2 ponto percentual e ficou em 63,3% ao ano em junho. No caso de empresas, a taxa caiu 1,3 ponto percentual, passando para 24,8% ao ano.

No caso do crédito direcionado , ou seja, os empréstimos com regras definidas pelo governo, destinados aos setores habitacional, rural e infraestrutura, a taxa de juros para pessoas físicas registrou queda de 0,5 ponto percentual, passando para 9,2% ao ano. A taxa cobrada às empresas subiu 0,4 ponto percentual, ficando em 11,7% ao ano.

Inadimplência

Em junho, a inadimplência do crédito, isto é, os atrasos acima de 90 dias, ficou em 5,8% para pessoas físicas. Na comparação com maio, houve queda de 0,1 ponto percentual. No caso das pessoas  jurídicas, a taxa chegou a 5,3%, com queda de 0,7 ponto percentual. Esses dados são do crédito livre, em que os bancos têm autonomia para aplicar o dinheiro captado no mercado.

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Para o crédito direcionado, a inadimplência das famílias caiu 0,3 ponto percentual, passando para 1,9%. No caso das empresas, foi reduzida em 0,2 ponto percentual, chegando a 2%. O saldo concedido pelos bancos em todas as operações ficou em R$ 3,078 trilhões, com alta de 0,4%, no mês. Em 12 meses, houve retração de 1,6%. Em relação ao Produto Interno Bruto (PIB), o volume correspondeu a 48,5%.

* Com informações da Agência Brasil.

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