Pesquisa do Serviço de Proteção ao Crédito (SPC Brasil) ao lado da Confederação Nacional de Dirigentes Lojistas (CNDL) revelou que 80% dos consumidores não conseguiram fazer depósito de reserva financeira no mês de janeiro de 2017.
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Em contraposição, dezembro de 2016 obteve um número inferior de pessoas que conseguiram compor a reserva , uma vez que apenas 17% dos entrevistados tiveram sucesso em poupar parte da receita mensal.
De acordo com o levantamento, a quantia média guardada pelos brasileiros no mês de janeiro foi de R$ 446,49. Valor abaixo do registrado no mês anterior, quando o saldo foi de R$ 480,85.
Classes
O SPC Brasil ainda constatou que entre os poupadores, 34% fazem parte das classes A e B. Enquanto que nas C, D e E, a proporção foi de 12%. Para a economista-chefe do SPC Brasil, Marcela Kawauti, “além da questão conjuntural da economia, o início de ano concentra o pagamento de alguns tributos e a chegada da fatura dos gastos de final de ano, apertando o orçamento familiar e reduzindo a margem para poupança”, explica a especialista.
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Imprevistos
O motivo principal que leva os consumidores a poupar mensalmente parte da receita é a proteção contra imprevistos, que inclui doenças, morte e problemas diversos, que foi citado por 35% dos entrevistados. Durante a pesquisa, 27% das pessoas também citaram que guardam recursos para se garantir em caso de uma eventual demissão.
“A constituição de uma reserva financeira é garantia contra imprevistos, além de um meio para a realização de planos de consumo. O consumidor que, nesses casos, não pode se valer de recursos próprios, tem de recorrer a entidades financeiras, arcando com juros geralmente bastante elevados”, avalia Marcela Kawauti.
Outros 27% citaram que poupam pensando em garantir um futuro melhor para a família. Já 26% disseram que guardam recursos para realizar uma viagem, e 23% apontaram a realização de sonhos e consumos com o valor poupado.
Aposentadoria
A economista-chefe do SPC Brasil se mostrou muito preocupada com o quadro que diz respeito à aposentadoria, uma vez que apenas 16% mencionaram guardar fundos para o futuro. “O fato de não poupar hoje pode levar diversos idosos a rever o padrão de vida amanhã, e até mesmo a depender de terceiros”, afirmou Marcela Kawauti.
Outro levantamento das entidades diz que 48% dos entrevistados recorreram à alguma reserva financeira no mês de janeiro. Os principais motivos foram contas domésticas e dívidas, que foram citados respectivamente por, 16% e 10% dos entrevistados.
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