A Petrobras respondeu nesta segunda-feira (23) às críticas de que estaria privilegiando empresas estrangeiras em detrimento de companhias nacionais em convite para participação das obras da unidade de processamento de gás natual do pré-sal, no Complexo Petroquímico do Rio de Janeiro (Comperj), que servirá para o escoamento do produto.
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Cerca de 30 empresas estrangeiras foram convidadas pela Petrobras
a participar da licitação. O fato despertou reações negativas do setor. Em nota, a estatal reiterou sua política de priorizar parceiros locais, mas afirmou que fatiar a obra em diferentes contratos de menor valor para garantir concorrentes de capital nacional aumentaria custos e riscos técnicos.
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"A Constituição não diferencia empresas de acordo com a origem de seu capital. Criticar a Petrobras por convidar empresas estrangeiras para retomar as obras de escoamento de gás do pré-sal que serão feitas no Comperj, no Rio de Janeiro, é tão absurdo quanto dizer que todos nós dirigimos carros importados fabricados em São Bernardo, Betim ou Resende por empresas que estão estabelecidas no Brasil há decadas", afirmou em nota a estatal.
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A empresa afirmou ainda que o emprego gerado pelas companhias é "tão necessário e tão bem-vindo quanto qualquer outro" e considerou que a contribuição do setor privado permite ao país sair da "mais longa recessão da nossa história provocada por experimentos, travestidos de apoios e estímulos, se provaram fracassados".
Lava Jato
Para justificar a exclusão de empreiteiras, a estatal a lembrou o impedimento de 20 das maiores empresas de engenharia do País por envolvimento na Operação Lava Jato. "Não foram convidadas por esse motivo, estando o seu retorno a futuros convites vinculado à assinatura de acordos de leniência e avaliações de integridade realizadas pela área de Conformidade da Petrobras".
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De acordo com a companhia, a participação brasileira estará garantida no projeto com empresas de pequeno porte, já que os contratos com consórcios estrangeiros exigem um parceiro nacional. Ainda de acordo com a compahia, a maior parte das empresas convidadas a apresentar propostas são estabelecidas no Brasil, apesar de estrangeiras. "São parceiros do País na geração de emprego e renda aqui dentro e passaram por avaliações internas de integridade".
* Com informações da Agência Brasil.