Em um dia tranquilo para mercado financeiro no Brasil, o dólar teve redução para o menor valor em quase três meses, enquanto a bolsa de valores fechou no maior nível em quase cinco anos.
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O dólar comercial encerrou a segunda-feira (23) vendido a R$ 3,169, com queda de R$ 0,014 (-0,43%). A cotação fechou no valor mais baixo desde 8 de novembro (R$ 3,167), dia das eleições que elegeram Donald Trump presidente dos Estados Unidos.
A alta do índice Ibovespa, da Bolsa de Valores de São Paulo, foi de 1,9%, chegando aos 65.748 pontos. É o nível mais elevado desde março de 2012. Os maiores ganhos ocorreram com as ações da mineradora Vale e do Banco do Brasil, com altas próximas a 4%.
Swap cambial
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O fato de o Banco Central ter vendido 15 mil contratos de swap cambial tradicional influenciou a alta do dólar. Estes contratos equivalem à venda de dólares no mercado futuro e têm como objetivo segurar a alta ou forçar uma queda da divisa. A moeda norte-americana acumula queda de 2,5% em janeiro.
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Em novembro, a moeda norte-americana subiu 6,18% após Trump vencer as eleições para a presidência dos Estados Unidos. No entanto, a alta foi revertida nas últimas semanas, operando próximo aos níveis registrados antes da votação.
O Federal Reserve (Fed), banco central norte-americano, anunciou no ínicio de dezembro que os juros básicos dos Estados Unidos podem crescer até três vezes este ano dependendo da política econômica de Trump. Segundo o órgão, caso o novo presidente aumente os gastos públicos para estimular a maior economia do planeta, a autoridade monetária terá de subir os juros para evitar que a inflação no país aumente.
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As axas mais altas nos Estados Unidos estimulam a fuga de capitais de países emergentes, como o Brasil, e pressionam para cima o dólar em todo o planeta. Isso porque os investidores internacionais lucram menos com a diferença entre as taxas altas nos países emergentes e as taxas menores nos países desenvolvidos.