Brasil Econômico

A nova renegociação de dívidas colocada em prática pelo governo não aumenta o risco de sonegação, assegurou nesta terça-feira (17) o ministro da Fazenda, Henrique Meirelles. Em entrevista durante o Fórum Econômico Mundial, em Davos, na Suiça, ele afirmou que o programa contribui para o equilíbrio das contas públicas e reduz o endividamento da população ao oferecer uma oportunidade para os contribuintes acertarem suas contas com o governo.

Para Henrique Meirelles, as medidas de ajuste fiscal estão revigorando o interesse dos investidores estrangeiros no Brasil
Agência Lusa/EPA/Laurent Gilleron
Para Henrique Meirelles, as medidas de ajuste fiscal estão revigorando o interesse dos investidores estrangeiros no Brasil

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Segundo Henrique Meirelles , a diferença na comparação com outros financiamentos está no fato do novo programa não descontar multas ou juros. "Esse programa funciona muito bem do nosso ponto de vista. Ajuda as empresas em dificuldade, mas não funciona como desincentivo ao futuro pagamento de impostos, pois não tem desconto de juros e multa”, declarou o ministro após almoço com investidores internacionais.

Em áudio divulgado no site do ministério, o ministro defendeu que as medidas tomadas pelo governo estão revigorando o interesse dos investidores estrangeiros no Brasil. "Existe mais disposição em investir no Brasil agora. Os investidores prestaram mais atenção em algumas questões básicas", disse.

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"Primeiro, que o Brasil já está crescendo neste trimestre. Mesmo que a média do PIB [Produto Interno Bruto] de 2017 com 2016 seja baixa, o crescimento durante o último trimestre de 2017, comparado com o último trimestre de 2016, é um crescimento grande de 2% e um crescimento ainda maior em 2018".

Juros americanos

Ao ser questionado sobre uma eventual alta dos juros americanos com a posse de Donald Trump como presidente dos Estados Unidos, Meirelles afirmou que não está preocupado com a decisão do Federal Reserve (Fed, o Banco Central norte-americano). De acordo com ele, o Brasil tem câmbio flutuante, o que não prejudica reservas internacionais, e está confortável com possíveis aumentos das taxas básicas dos EUA.

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"Não pode ser considerado normal o que houve lá nos últimos anos [juros nos menores níveis da história após a crise de 2008]. O mundo estará lidando com a normalização da política monetária nos Estados Unidos. Ela é esperada, normal e está nos preços”, declarou Henrique Meirelles.

* Com informações da Agência Brasil.

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