Em Porto Alegre, cidade com a cesta básica mais cara do Brasil, o valor chegou a R$ 477,69
Marcelo Camargo/ABr
Em Porto Alegre, cidade com a cesta básica mais cara do Brasil, o valor chegou a R$ 477,69

A Pesquisa Nacional da Cesta Básica de Alimentos, feita em 27 capitais do Brasil pelo Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese), apontou que o conjunto dos itens alimentícios considerados essenciais para os brasileiros teve redução em 14 localidades no mês de setembro. Em contrapartida, este valor subiu nas outras 13 cidades.

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O maior reajuste no valor da cesta básica ocorreu em Brasília, onde foi registrado aumento de 2,37%. Na sequência vem Salvador, com acréscimo de 1,46%, seguindo por Fortaleza (1,42%) e Recife (1,06%).

No sentido contrário, as maiores quedas foram observadas nas cidades de Macapá, com redução de 5,18%, e Goiânia, que registrou baixa de 4,31%. Campo Grande (-1,95%) e Belo Horizonte (-1,88%) vêm na sequência. 

Quem paga mais caro pelos produtos são os gaúchos. Em Porto Alegre, o valor da cesta chegou a R$ 477,69, o que representa aumento de 0,71% na comparação com o mês anterior. Considerando o acumulado do ano, a alta foi de 12,56%. O menor valor da cesta foi encontrado em Natal, onde o conjunto de alimentos subiu 0.57% e chegou a R$ 367,54. Aracaju teve aumento de 0,16% mas, mesmo assim, ficou em segundo lugar neste quesito, com preço de R$ 371,30.

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Entre os meses de janeiro e setembro, os maiores reajustes aconteceram em Boa Vista (22,02%, com valor de R$ 444,04), Maceió (21,67%, com valor de R$ 394,75) e Salvador (21,54%, com valor de R$ 381,93). Nos mesmo período, os ajustes mais baixos foram observados em Florianópolis (5,89%, com valor de R$ 449,05), Curitiba (8,45%, com valor de R$ 424,87) e Manaus (9,15%, com valor de R$ 401,44).

Salário mínimo

A estimativa do que seria o salário mínimo ideal para o Dieese ficou em R$ 4.013,08, valor 4,56 vezes maior do que o mínimo em vigor, que é de R$ 880,00. Em agosto, a entidade tinha avaliado em R$ 3.991,40, valor 4,54 vezes acima do piso oficial.

De acordo com os cálculos da entidade, o comprometimento da jornada de trabalho para a compra da cesta chegou a 103 horas e 31 minutos. Levando em conta o salário mínimo, o valor da aquisição correspondeu a 51,14% do ganho, abaixo do registrado no mês de agosto (51,38%).

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Entre os 13 produtos avaliados, os que mais tiveram aumento foram o café, que teve alta no valor em em 24 cidades; a manteiga, que subiu em 22 capitais; o arroz, que cresceu em 20 e a carne bovina de primeira, que também subiu em 20 locais. As quedas mais significativas nos produtos da cesta básica ficam com a batata (em 11 cidades) e o feijão (em 21).

*Com informações da Agência Brasil

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