A Sondagem da FGV/IBRE sobre as perspectivas de compra de presentes com os pequenos mostrou que o brasileiro pretende gastar menos neste ano. O indicador que mede o ímpeto de gastos com presentes para o Dia das Crianças manteve a trajetória de queda iniciada em 2014, ao atingir 59,3 pontos, o menor valor da série.
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O consumidor continua cauteloso com os gastos nesse Dia das Crianças : a proporção dos que pretendem reduzir em relação ao ano anterior aumentou de 41,1% para 44,9%, enquanto a proporção dos que pretendem gastar mais manteve-se estável. Para os pesquisadores, o dado reflete prudência por parte dos consumidores.
“O ímpeto de compras dos consumidores para o Dia das Crianças é o menor dos últimos 11 anos. Esse resultado reflete a cautela das famílias com o orçamento doméstico que ainda está comprometido com prestações de compras anteriores e percebe o mercado de trabalho ainda em fase descendente. Mesmo com a melhora das expectativas em relação aos meses seguintes, os consumidores preferem não arriscar no momento.“, afirma Viviane Seda Bittencourt, Coordenadora da Sondagem do Consumidor.
Outro estudo divulgado esta semana, também, pelo FGV/IBRE mostrou que a inflação ofereceu pequena trégua para o Dia das Crianças. Lanches, brinquedos e vestuário ficaram abaixo da inflação.
A variação média dos produtos e serviços mais procurados para a celebração do Dia das Crianças foi de 7,19%. O resultado ficou abaixo da inflação acumulada entre outubro de 2015 e setembro de 2016, de 8,10%, pelo IPC/FGV.
A análise por grupo de despesa revela que nenhum deles superou a inflação média. A variação dos preços das “despesas com lazer” apresentou alta de 7,38%. Nesse grupo, a maior taxa foi verificada para salas de espetáculo (cinema, show e teatro), a 13,56%, e, a menor, para excursão e tour (0,58%).
Já para o grupo “despesas com presentes”, cuja alta média dos preços foi de 7,51%, a maior alta foi registrada para bicicleta (13,26%) e, a menor, para vídeo games (1,73%).
Por fim, nas “despesas com vestuário”, os preços registraram o menor avanço nos últimos 12 meses (4,11%). As roupas infantis subiram 3,96% e os calçados, 4,55%.
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