A indústria paulista eliminou 12 mil vagas em fevereiro de 2016, o que representa uma queda de 0,53% no nível de emprego na comparação com janeiro, de acordo com a Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp). Na série livre de efeitos sazonais, o recuo foi de 1,0%.
Já em relação a fevereiro de 2015, foram eliminados 257,5 mil postos de trabalho, dos quais 27 mil apenas no primeiro bimestre deste ano. Nesta base comparativa, o nível de emprego despencou 10,18%, a 53ª retração consecutiva, sendo a mais intensa da série histórica.
Dos 22 setores pesquisados, em 17 houve eliminação de vagas. Em apenas três deles houve mais contratações que demissões, e dois registraram estabilidade. O destaque negativo foi o segmento de metalurgia, com 4,5 mil empregos eliminados em fevereiro, representando 37,5% das demissões na indústria paulista no segundo mês do ano.
Do lado positivo, o melhor desempenho ficou com o setor de produtos alimentícios, com a criação de 4,2 mil vagas. Segundo a Fiesp, pesou para este resultado as 3,5 mil contratações no segmento de açúcar e álcool em fevereiro, revertendo a tendência de demissões que teve início em junho de 2015. As vagas estão ligadas ao início da safra da cana-de-açúcar.
Pelo segundo mês consecutivo, outro setor que admitiu mais que demitiu foi o de couro e calçados, com mil empregos a mais em fevereiro. O desempenho reflete o processo de substituição de importações viabilizado pela desvalorização do real ante o dólar nos últimos meses.
Dentre as 36 regiões do Estado analisadas pela Fiesp, 26 tiveram variação negativa no índice de emprego em fevereiro, três ficaram estáveis e sete contrataram mais do que demitiram.
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