Uma pesquisa recente, feita pelo grupo "Deloitte", nos Estados Unidos, mostrou que dois em cada três dos integrantes da Geração Y (aqueles que nasceram entre os anos 1980 e 1990) desejam deixar seu trabalho atual até 2020. Além disso, um quarto pretende trocar a companhia em que atua já até o próximo ano.
De acordo com o site norte-americano "Business Insider", que foi atrás da questão, a impossibilidade de desenvolver liderança é um dos motivos, apesar de que a maior causa da inquietação da Geração Y é a "lacuna de propostas" – termo utilizado para se referir às diferenças entre o que os profissionais desejam e o que os negócios oferecem a eles.
A Geração Y acredita que as organizações estão negligenciando resultados importantes, como a melhora das habilidades de cada um e a prestação de serviços que façam diferença positiva na vida das pessoas.
Entre os membros da Geração Y que pretendem ficar no emprego atual por mais de cinco anos, 88% disseram estar satisfeitos com o "senso de proposta" da empresa. Enquanto isso, apenas 63% dos que pretendem deixar o trabalho nos próximos dois anos estão satisfeitos com esse aspecto em sua atual companhia.
Ainda de acordo com a pesquisa, 87% dos que fazem parte desta geração acreditam que o sucesso de um negócio deve ser medido em termos que vão além de sua performance financeira.
Apesar disso, os chamados "millenials" não são contra o foco no lucro. Na verdade, a pesquisa constatou que os benefícios financeiros são os fatores mais importantes quando o grupo está escolhendo o lugar para trabalhar. Os demais aspectos surgem quando eles estão escolhendo entre empresas similares.
Presidente mundial da Deloitte, David Cruickshank diz que o hábito de priorizar o "senso de proposta" é exclusivo da Geração Y, em comparação às gerações mais velhas. Cruickshank afirmou estar surpreso com tantas pessoas pretendendo deixar seu trabalho dentro de poucos anos, visto que as companhias passaram, recentemente, a enfatizar o desenvolvimento das pessoas. "Obviamente, não está havendo o impacto correto", disse. "O número de pessoas que deseja deixar o emprego para muito alto, há uma desconexão", completou.