A dois dias do início da greve, marcada para 1° de novembro, caminhoneiros buscam apoio de outras categorias à paralisação. A informação foi publicada pela coluna Painel S.A, do jornal Folha de S. Paulo .
Taxistas, motoristas de aplicativo e funcionários de portos foram consultados por lideranças da categoria sobre a possibilidade de aderirem à greve. O objetivo é pressionar a Petrobras a rever a política de preços para reduzir o valor dos combustíveis.
Para apoiarem o movimento, caminhoneiros usam a redução de corridas para taxistas e motoristas de aplicativo. Eles lembram que o reajuste no valor da gasolina e etanol acabam diminuindo o rendimento dos motoristas.
Nem a sugestão do Conselho Nacional de Política Fazendária (Confaz) em congelar o valor do ICMS para os combustíveis agradaram à categoria. Segundo lideranças de caminhoneiros, o imposto não é o culpado pelo reajuste nos combustíveis.
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"É tapar o sol com a peneira", disse José Roberto Stringasci, presidente da Associação Nacional do Transporte do Brasil (ANTB), à Folha.
A greve
Caminhoneiros afirmam não ter mais condições de trabalhar com o forte reajuste no diesel praticado pela Petrobras desde o início do ano. Atualmente, o valor do combustível nas bombas está, em média, R$ 5.
Para tentar acalmar os ânimos, o presidente Jair Bolsonaro sugeriu o pagamento de um auxílio diesel de R$ 400 por mês. No entanto, o valor não daria para abastecer nem 100 litros do combustível, segundo a categoria.
Uma reunião entre líderes do movimento e Palácio do Planalto, marcado para a última quinta-feira (28), foi cancelada. O adiamento das negociações aumentou a revolta da categoria, que não vê o governo federal confiante no sucesso da greve.