O presidente Jair Bolsonaro (PSL) reconheceu nesta quarta-feira (4) que a proposta de reforma da Previdência é 'salgada'. Ele voltou a comparar a proposta com um tratamento de quimioterapia, necessário para a sobrevivência. A Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) do Senado analisa ainda hoje o parecer do relator Tasso Jereissati (PSDB-CE).
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"É uma reforma realmente salgada, reconheço. É quase como se fosse uma quimioterapia, mas se não fizer todo mundo vai ficar sem receber em um curto espaço de tempo. É melhor um pássaro na mão do que dois voando, infelizmente. Infelizmente. Gostaria de não ser obrigado a fazer isso daí", afirmou Bolsonaro ao deixar o Palácio da Alvorada.
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O presidente disse que está conversando com o presidente do Senado, Davi Alcolumbre , e também com outros senadores. Segundo ele, a expectativa é que o projeto seja aprovado. "Vai dar tudo certo, se Deus quiser, vai em frente", avaliou.
No Senado, o parecer de Jereissati terá modificações em relação ao apresentado na semana passada. Na forma de complemento de voto, o relator vai reforçar que o valor da pensão por morte não poderá ser inferior a um salário mínimo em qualquer situação. Na primeira versão do relatório, esse direito estava assegurado somente a pensionistas que ganham menos do que o piso nacional, atualmente de R$ 998.
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A versão mais recente do relatório prevê também que as novas regras da Previdência , aplicadas aos congressistas, também serão aplicadas a ex-parlamentares.