Rogério Marinho, secretário do ministério da economia, em discussão sobre a nova Previdência na CCJ do Senado
Edilson Rodrigues/Agência Senado
Rogério Marinho, secretário do ministério da economia, em discussão sobre a nova Previdência na CCJ do Senado



BRASÍLIA -  A reforma da Previdência avança no Senado com a votação do relatório do senador  Tasso Jereissat i (PSBD-CE) na Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) nesta quarta-feira. A sessão foi aberta pela senadora Simone Tebet (MDB-MS) pouco depois das 9h e não há prazo para o encerramento dos trabalhos. A expectativa, no entanto, é que a proposta seja votada pelo colegiado ainda hoje.

Leia também: O que muda com a reforma: quem pode se beneficiar das regras de transição

O relatório de Jereissati, que já havia sido apresentado na semana passada, recebeu 489 emendas dos senadores e será novamente apresentado nesta quarta como complemento de voto.

Tasso deve fazer duas modificações. Uma delas prevê que o valor da pensão não poderá ser inferior a um salário mínimo, em qualquer situação. Na primeira versão do relatório, esse direito estava assegurado somente a  pensionistas que ganham menos do que o piso nacional.

Além disso, o relator deve propor a criação de uma alíquota de contribuição especial para os trabalhadores sem carteira assinada. Essa alíquota deverá ser semelhante à dos Microempreendedores Individuais (MEI). A informalidade já atinge 41,3% da população  ocupada, segundo dados do IBGE.

Leia também: O que muda com a reforma: pedágio pode dobrar tempo que resta para aposentar

Junto ao texto principal da reforma da Previdência, deverá ser aprovada também uma Proposta de Emenda Constitucional (PEC) paralela na CCJ.

Estão nessa PEC a inclusão dos estados e municípios na reforma e medidas de aumento de arrecadação, como a contribuição previdenciária de entidades filantrópicas, do setor exportador e de micro e pequenas empresas.

Na América Latina , somente o Brasil e o Equador não exigem idade mínima para a aposentadoria. Na Europa, só a Hungria. A maioria dos países adotou pisos de 60 anos para cima. Na União Europeia, até o ano que vem, apenas sete países terão idade mínima inferior a 65 anos.

Aprovados, os dois textos (a PEC paralela e o projeto que veio da Câmara) seguirão para o plenário do Senado. A previsão é concluir a votação no plenário da Casa até 10 de outubro.

O que for consenso entre as duas Casas será promulgado, assim que o texto for aprovado pelo Senado. A PEC paralela ainda precisará passar pela Câmara dos Deputados.

    Mais Recentes

      Comentários

      Clique aqui e deixe seu comentário!