A Câmara dos Deputados aprovou na noite desta quarta-feira (10) em primeiro turno, por 379 a 131 votos, o texto-base da reforma da Previdência (PEC 6/19). Resultado foi proclamado pela presidente da Câmara, Rodrigo Maia.

Leia também: Plenário da Câmara começa a discutir reforma da Previdência nesta terça-feira

Guilherme Boulos, Marcelo Freixo e Jandira Fehgali
Montagem / Reprodução Band e Divulgação
Guilherme Boulos, Marcelo Freixo e Jandira Fehgali

O resultado gerou descontentamento em deputados da oposição que, em suas redes sociais, lamentaram a aprovação da reforma da Previdência . Representantes como Talíria Petrone, Guilherme Boulos, Sâmia Bomfim, Marcelo Freixo e entre outros falaram sobre o assunto.

Leia também: O que propõe a reforma da Previdência aprovada no plenário da Câmara

"Liberando milhões em emendas criminosas, o governo conseguiu aprovar o desmonte da previdência em primeiro turno na Câmara. Mais um capítulo triste desse governo aniquilador de direitos. Enquanto o povo sai perdendo, os bancos ganham... A luta continua", clamou a deputada Talíria Perone (PSOL-RJ) usando a hashtag "Reforma Injusta".

Já Guilherme Boulos, candidato do PSOL a presidência em 2018, alertou: "No mesmo dia em que votam uma Reforma que ataca a aposentadoria dos mais pobres usando discurso de 'combate a privilégios', o Gen. Heleno diz que é uma vergonha que um general como ele receba só R$19 mil por mês. Não há lugar para tanto cinismo".

O deputado Marcelo Freixo (PSOL-RJ) também se posicionou sobre o assunto: "A reforma da prejudica os pobres e a classe média. De cada R$ 100 economizados, R$ 80 sairão do bolso de quem ganha até R$ 2 mil. Isso é combater privilégios? O que Bolsonaro está fazendo com professores e policiais é uma covardia". 

A deputada Sâmia Bomfim (PSOL-SP) também lamentou o resultado da votação em suas redes sociais: "Bancada do PSOL unida em defesa dos trabalhadores. Não há o que se comemorar na noite de hoje. O sacrifício da classe trabalhadora trará consequências aos canalhas que hoje riem, mas amanhã chorarão. O Brasil é maior do que esses vendidos. Nosso voto é 'não'".

"Mais de 1 bilhão em emendas foram liberadas para a compra de voto pró-reforma. Boa parte desses valores não foram aprovados pelo orçamento votado pelo Legislativo. Isso é crime! Tudo para que bancos tenham lucros às custas da aposentadoria do povo pobre", analisou o deputado Valmir Assunção (PT-SP) em sua conta do Twitter.

O senador Humberto Costa também deu sua opinião sobre o assunto: "O rolo compressor do governo funcionou. A compra de votos para trucidar os direitos dos trabalhadores operou na Câmara para aprovar a nefasta reforma. Procure saber quem votou 'sim' contra o Brasil".

A líder da Minoria, a deputada Jandira Fehgali (PCdoB-RJ) também deu seu parecer sobre a votação: "Você vai morrer de trabalhar ou trabalhar até morrer".

Rodrigo Maia (DEM)
Luis Macedo/Câmara dos Deputados - 10.7.19
Rodrigo Maia (DEM)

Leia também: Presidente do Senado e ministros celebram votação da reforma da Previdência

Após a aprovação do texto-base da reforma da Previdência , o presidente da Câmara, Rodrigo Maia , começou a analisar os destaques que podem alterar o texto já aprovado. O primeiro foi a exclusão de professores da reforma. Tópico este que, por 265 votos a 184, foi negado. Em seguida, Maia encerrou a sessão e convocou outra para às 09h00 desta quinta (11).

    Mais Recentes

      Comentários

      Clique aqui e deixe seu comentário!