O presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia (DEM), afirmou nesta segunda-feira (8) que a aprovação da reforma da Previdência, se ocorrer, será uma vitória do Parlamento e não do governo. Segundo Maia, o texto que sai da comissão especial foi uma construção parlamentar, discutido e apoiado pela maioria dos deputados.
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“A construção do texto foi uma construção parlamentar, e a construção da vitória, se acontecer, será uma construção do Parlamento e não do governo", disse o deputado em seu podcast semanal. "O governo ajudou, mas, em alguns momentos, atrapalhou. Sabemos que o governo não conseguiu uma maioria parlamentar e, pela primeira vez, o Parlamento tem construído as soluções econômicas do País”, completou.
Quanto à analise da reforma no plenário a partir desta semana, Maia afirmou que primeiro é preciso garantir a presença de parlamentares na Casa, já que o quórum necessário para aprovar uma PEC (Proposta de Emenda à Constituição) é muito alto (308 votos). Ele reafirmou a expectativa de começar a discussão do texto na manhã desta terça (9) e dar início à votação no fim do dia.
Apoio popular
Maia ainda afirmou que o tema da reforma tem apoio de grande parte da sociedade brasileira e, por esta razão, a Câmara vai aprovar o texto. Na visão do deputado, isso significa que a sociedade está próxima ao Parlamento. Maia também destacou que a nova Previdência é o primeiro passo para uma sociedade mais justa e menos desigual.
“O Brasil tem quase 10 milhões de brasileiros vivendo abaixo da linha da pobreza , não é possível que um país com tantas oportunidades e tantas riquezas, e que essas riquezas estejam concentradas nas mãos de poucas pessoas. A reforma é o primeiro passo para esse equilíbrio, um sistema igual”, declarou.
Modernização
O presidente da Câmara também defendeu a modernização do Estado brasileiro para garantir mais eficiência nas políticas públicas e mais competividade e produtividade para o setor privado. Maia explicou que o Estado custa muito caro para o cidadão e sobram poucos recursos do orçamento público federal para investimento.
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“Tenho certeza de que o Parlamento vai construir a solução da reestruturação do Estado, começando pela Previdência , e esperamos que, no momento seguinte, a gente já veja redução de juros, propostas para retomada da geração de empregos e aumento da produtividade e da competitividade no País”, defendeu.