Em um café da manhã nesta quinta-feira (4) com parlamentares da Frente Parlamentar do Agronegócio, o presidente Jair Bolsonaro defendeu que eles mantivessem regras diferenciadas de aposentadoria no texto da reforma da Previdência para policiais militares, federais e rodoviários federais.
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No discurso, o chefe do Executivo sugeriu que o governo errou ao não enviar uma proposta mais favorável aos integrantes da força de segurança.
"E eu apelo aos senhores, nessa questão específica: vamos atender. Que seja em parte, porque os policiais militares são mais do que nossos aliados. São aqueles que dão as suas vidas por nós todos brasileiros", disse.
Bolsonaro pediu "bom senso" à bancada ruralista para resolver o impasse. "O mesmo no tocante à Polícia Federal e Polícia Rodoviária Federal. Tem um equívoco que nós, eu, o governo erramos. E dá para resolver essa questão através do bom senso de todos os senhores".
Ao fazer o apelo a deputados e senadores da Bancada Ruralista, o presidente argumentou que os policiais são "aliados" e que nunca "tiveram privilégios."
"O discurso de alguns, como se nós quiséssemos privilegiar também PF e PRF não procede. São aliados nossos e também nunca tiveram privilégio aqui no Brasil", completou.
Após ser chamado de "traidor" por representantes das forças de segurança, Bolsonaro se empenhou pessoalmente na questão. Com a intervenção do presidente, um acordo chegou a ser anunciado para reduzir a idade mínima de aposentadoria desses profissionais.
Os policiais rejeitaram a mudança que seria incluída no texto da reforma da Previdência, que acabou sendo derrubada, mantendo a proposta original do governo (idade de 55 anos para homens e mulheres). Agora, essas mudanças serão analisadas de forma separada.