Presidente da comissão especial vai analisar o mérito da reforma da Previdência na Câmara
Pablo Valadares/Câmara dos Deputados
Presidente da comissão especial vai analisar o mérito da reforma da Previdência na Câmara

Para o deputado Marcelo Ramos (PL-AM), presidente da comissão especial da reforma da Previdência , a colocação do ministro da Economia, Paulo Guedes, de que o Congresso é " uma máquina de corrupção " foi a pá de cal para perder o respeito por ele.

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"Não podemos deixar contaminar a tramitação da reforma. Agora, o Guedes, que era um interlocutor respeitado com o Congresso, vai perdendo isso. Eu sou um que não tenho mais nenhum respeito por ele. Antes, me esforçava para construir um diálogo com ele, hoje não tenho respeito nenhum por ele", afirmou ao jornal O Globo sobre sua relação com Paulo Guedes .

Segundo Marcelo Ramos , a indignação do ministro é com a retirada da capitalização. O deputado diz que Guedes, assim como o resto do governo, tem adotado uma estratégia "diversionista" para desviar dos problemas do país, como o desemprego e a ausência de crescimento econômico.

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"O governo não tem uma agenda. Como não tem agenda, precisa adotar uma atitude diversionista. Não tem agenda para enfrentar o problema estrutural do país, que são 12,7 milhões de desempregados, PIB abaixo de 1%", criticou. "Então o caminho é diversionismo, falar de tomada de três pinos, de porte de armas, de coisas que tirem a atenção do desastre econômico que são esses primeiros seis meses do governo Bolsonaro", completou o presidente da comissão da reforma da Previdência , tema considerado prioritário.

Ele elogiou a responsabilidade do Congresso em carregar adiante a agenda econômica, com a reforma da Previdência e a tributária, privatizações e desonerações tributárias.

"Rodrigo Maia e Davi Alcolumbre têm se esforçado para construir uma pauta econômica que ajude o país. O Parlamento está tentando assumir o protagonismo para dar soluções ao que é fundamental. O problema do Brasil hoje não é a tomada de três pinos nem a cadeirinha de bebê, são os milhões de desempregados".

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Procurado,  Paulo Guedes não quis comentar o assunto.

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