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"Ginástica para o cérebro" caracteriza o trabalho do Supera, escola que desenvolve habilidades cognitivas e emocionais

Antonio Carlos Perpétuo fundou o Supera após conhecer melhor os conceitos da neurociência
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Antonio Carlos Perpétuo fundou o Supera após conhecer melhor os conceitos da neurociência


Ter um negócio próprio era muito pouco para Antônio Carlos Perpétuo. O espírito empreendedor incitava o desejo de abrir uma empresa que fizesse algo diferente das outras. Foi assim que, ao procurar a solução para um problema, teve a ideia de criar uma rede especializada em solucionar problemas. 

Há 12 anos, Perpétuo notou a dificuldade de seu filho em manter a concentração nas tarefas. Procurou psicólogos, pedagogos e aplicou uma disciplina mais rígida, mas não viu os resultados esperados. Começou, então, a pesquisar mais a fundo sobre a neurociência. "Colhi relatos de transformação de vida. Não apenas de pessoas que tinham dificuldades, mas de outras que também começaram a ficar mais inteligentes", conta o empresário. 

Perpétuo verificou que havia um grande nicho de mercado, pois a oferta de serviços que trabalhavam a neurociência era muito baixa. Essa percepção foi somada à insatisfação do empreendedor com o que vinha fazendo na época e resultou na criação do Supera, rede de escolas que caracteriza sua atividade como "ginástica para o cérebro", em 2006, na cidade de São José dos Campos. 

Atualmente são 230 franquias da rede Supera em quase todos os Estados do Brasil
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Atualmente são 230 franquias da rede Supera em quase todos os Estados do Brasil

"Nós não inventamos nada. Nossas ferramentas pedagógicas são centenárias. Ábaco, jogos, exercícios cognitivos, desenvolvemos apostilas com exercícios que levam a pensar fora da caixa, dinâmica de grupos...são ferramentas conhecidíssimas dos cientistas, pesquisadores e educadores. Reunir tudo num único lugar potencializa o resultado de cada uma delas", explica Perpétuo. "Hoje o que faz sentido é o desenvolvimento das habilidades cognitivas e emocionais. Dentro desse mercado de educação, o Supera está na ponta. É uma coisa de vanguarda", completa. 

Segundo o empresário, o objetivo do Supera varia de acordo com a faixa etária do aluno: "Os mais novos buscam performance, concentração e foco. Adultos procuram melhorar o desempenho no trabalho, empregabilidade e passar em concursos públicos, pois, a medida em que se desenvolve raciocinio, foco e concentração, eles conseguem se dar melhor. Já a terceira idade busca envelhecer mantendo seu cérebro saudável". Perpétuo conta que dois terços dos alunos estão divididos entre menores de 14 anos e maiores de 60. 

"Sozinho no mercado"

Atualmente, Perpétuo vê um mercado sem concorrência para o Supera, pois considera praticamente única a atividade da empresa no Brasil. "Quando idosos procuram alguma atividade, eles não têm. Pro mercado de educação, quando buscam desenvolver além do que a escola proporciona, encontram apenas aulas de reforço de português e matemática", justifica. 

A primeira unidade do Supera fez tanto sucesso que a expansão aconteceu de forma natural. Hoje em dia já são 230 escolas espalhadas pelo País e, de acordo com Perpétuo, o número aumenta a cada mês. Com isso, a rede já estende seu atendimento para quase todo o Brasil. Os únicos Estados onde ainda não existem franquias são Acre e Rondônia. 

Em relação ao faturamento total de 2016, Perpétuo espera manter o crescimento médio anual de 30% a 50% ante os R$ 35 milhões arrecadados no ano passado. No primeiro trimestre, a empresa já atingiu R$ 11,5 milhões. Para o empresário, no entanto, o mais importante é o aumento do faturamento médio das franquias. "A gente teve, de 2014 para 2015, um aumento de 49% no faturamento médio das unidades. Em 2016 o aumento é 40%. Estamos vivendo uma crise gigantesca e eles [os franqueados] estão crescendo", disse.

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