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Déficit habitacional é de 5,8 milhões de residências, segundo a Fundação João Pinheiro

O volume de empréstimos para aquisição e construção de imóveis no País em 2015 foi de R$ 75,6 bilhões, 33% inferior ao apurado em 2014. Os dados são do balanço divulgado nesta terça-feira (26) pela Associação Brasileira das Entidades de Crédito Imobiliário e Poupança (Abecip). Em dezembro, o volume emprestado pelo sistema financeiro totalizou R$ 4,8 bilhões, interrompendo uma sequência de quatro meses de queda e superando em 16,5% o volume registrado em novembro. Comparado ao mesmo mês de 2014, no entanto, houve queda de 55,2%.

Em termos quantitativos, os recursos emprestados entre janeiro e dezembro de 2015 financiaram 341,5 mil imóveis, recuo de 36,6% em relação a igual período de 2014.

No último mês de 2015, os recursos financiaram 21,9 mil imóveis, resultado 55,8% inferior ao apurado em dezembro de 2014. Comparado a novembro de 2015, houve alta de 21,5%.

Segundo dados da Abecip, o volume de vendas recuou 32% em 2015, ao passar de 59.683 unidades vendidas entre janeiro a setembro de 2014 para 40.575 no mesmo período de 2015.

Saques da poupança prejudicam mercado imobiliário

Parte dos recursos do sistema financeiro da habitação vem da caderneta de poupança nos agentes financeiros do Sistema Brasileiro de Poupança e Empréstimo (SBPE). Assim, o recuo no volume de empréstimos é fortemente influenciado pelo desempenho dessa fonte de recursos. Os recursos do SBPE recuaram 33%, ao cair de R$ 112 bilhões (2014) para R$ 75,6 bilhões no ano passado. Com esse resultado, o financiamento por esse funding voltou ao patamar de 2011 (R$ 79,9 bilhões).

Os financiamentos pelo SBPE recuaram 37%, enquanto os recursos do FGTS subiram 30%.

Em 2015, a caderneta de poupança registrou saldo negativo de R$ 50,1 bilhões em 2015, com o volume de dinheiro sacado superior ao de depósitos após todos os meses do ano terem resultados negativos, exceto dezembro. Em dezembro, os depósitos voltaram a superar os saques e a captação líquida ficou positiva em R$ 4,8 bilhões. A captação líquida passou ao campo positivo, no último mês de 2015, influenciada pelo recebimento de segunda parcela do 13º salário dos trabalhadores. 

Em 2014, os depósitos foram superiores aos saques, com saldo de R$ 23,7 bilhões e apenas uma captação negativa no mês de abril (R$ 736 milhões). Em 2013, o saldo de captação da poupança foi positivo em R$ 54,2 bilhões.



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