A Boeing não fornecerá mais informações sobre a retomada do 737 Max, modelo que está suspenso há três meses após dois acidentes fatais com causas semelhantes. Desde o último incidente, em março, a fabricante divulgou uma série de cronogramas para a volta das operações, mas nenhum foi cumprido.
Segundo a CNN , a Boeing ainda está em tratativas com a Administração Federal de Aviação dos EUA (FAA, na sigla em inglês) para retomar a autorização de voo do 737 Max. Questionados nesta terça-feira (11), representantes da companhia e das autoridades norte-americanas não divulgaram novas estimativas.
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Em entrevista na semana passada, o CEO da Boeing, Dennis Muilenburg, não soube precisar se ao menos as operações seriam liberadas até o fim deste ano. A Associação Internacional de Transporte Aéreo (IATA, na sigla em inglês) também disse no fim de março que o modelo não deve ser retomado antes de agosto.
A Boeing disse que está fornecendo todas as informações solicitadas, como detalhes do software apontado como causa das quedas dos aviões da Ethiopian Airlines, em 10 de março, e da Lion Air, na Indonésia, em 29 de outubro do ano passado. Juntas, as duas tragédias deixaram 326 mortos.
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Além da FAA, a Boeing também deve negociar a liberação da aeronave com mais de 30 outros órgãos reguladores e companhias aéreas em todo o mundo. A suspensão do modelo refletiu em prejuízos e cancelamentos para dezenas de empresas. Algumas já afirmaram que acionarão a Boeing judicialmente para cobrir as despesas.