O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, deu um conselho à Boeing na manhã desta segunda-feira (15). Segundo o presidente americano, a companhia aérea deve, depois de consertar os erros que podem ter ocasionado os dois acidentes fatais, "mudar a imagem" do avião 737 Max.
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“O que eu sei sobre marcas, talvez nada (mas eu me tornei presidente!), mas se eu fosse a Boeing
, eu iria consertar o 737 Max, adicionar alguns recursos extras, e mudar a imagem do avião com um novo nome”, escreveu Trump em sua conta no Twitter. “Nenhum produto sofreu tanto como este. Mas, de novo, o que diabos eu sei?”, acrescentou.
Investigações preliminares apontam que os dois acidentes — um em outubro do ano passado, na costa da Indonésia, que matou 189 pessoas e outro em março deste ano, na Etiópia, que levou 157 pessoas à obito — foram causados por problemas no software de controle de voo utilizado no Boeing 737 Max .
Desde então, três dias depois do último acidente, Trump e a Administração Federal de Aviação dos EUA (FAA) determinaram que o 737 Max não levantasse mais voos no País , o que também foi decidido pela Agência Nacional de Aviação Civil (Anac) no Brasil e em outras nações . Logo após a tragédia, também, 31 das 68 companhias aéreas que utilizam as aeronaves decidiram suspender os voos operados com esse modelo.
A FAA e a Boeing estão, agora, trabalhando para restaurar a confiança na segurança do 737 Max junto ao público e aos órgãos reguladores em todo o mundo.
A empresa anunciou que já concluiu a atualização do software de controle de voo utilizado no 737 Max, mas a retomada das atividades com o avião dependem agora da certificação do novo sistema de controle de voo da aeronave pelos reguladores do setor nos Estados Unidos e no mundo.
Essa certificação será também necessária para que a companhia dê início à atualização do Sistema de Aumento de Características de Manobra (MCAS, na sigla em inglês) nos aviões Max já em atividade. O processo inclui ajustar o software em cada aeronave e também treinar os pilotos e demais funcionários e autoridades envolvidas na operação do jato.
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A Boeing
apresentou o plano de certificação da atualização do MCAS à FAA em 21 de janeiro, mas inda não há previsão de quando o órgão irá decidir sobre a certificação. Em 20 de março, o regulador americano reforçou que os voos com o 737 Max seguem proibidos.