Funcionária do Shopping JK Iguatemi, em São Paulo, tentou proibir a entrada de uma excursão escolar da rede pública
Divulgação/Grupo Iguatemi
Funcionária do Shopping JK Iguatemi, em São Paulo, tentou proibir a entrada de uma excursão escolar da rede pública


Cerca de 120 alunos de escolas pública da zona rural Guaratinguetá foram impedidos de entrar no Shopping JK Iguatemi, em São Paulo, na última segunda-feira (18). De acordo com uma funcionária, o espaço é um local "para elite" e, por isso, não poderia receber as crianças.

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Com idades entre seis e dez anos, o grupo de alunos das escolas municipais Professora Francisca Almeida Caloi e Ana Fausta de Moraes, em Guaratinguetá,  estavam em uma excursão escolar para o Shopping Jk Iguatemi com o objetivo de visitar uma exposição e almoçar.

Ao chegarem no local da exposição " Mickey 90 anos ", em homenagem ao desenho animado protagonista da Disney, foram informados de que não poderiam entrar. Segundo uma funcionária, o local era destinado à "elite". 

As crianças tinham ingressos para visitar a exposição às 14 horas, comprados antecipadamente, e chegaram mais cedo para o almoço. Ao saber disso, a funcionária afirmou, ainda, que a praça de alimentação do shopping já estava lotada, e que não havia nenhum lugar apropriado ou de piquenique para as crianças comerem no estabelecimento.

Ela também teria sugerido que a presença dos alunos da escola pública  traria problemas com a segurança do shopping .

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Para conseguirem entrar no local, a Secretaria da Educação de Guaratinguetá precisou ser acionada, permitindo, então, o acesso das crianças. Depois disso, a excursão seguiu normalmente.

Resposta do JK Iguatemi

JK Iguatemi disse que não compactua com comportamento da funcionária e que trabalha para que seus clientes se sintam acolhidos
Divulgação/Grupo Iguatemi
JK Iguatemi disse que não compactua com comportamento da funcionária e que trabalha para que seus clientes se sintam acolhidos




Em nota, o JK Iguatemi disse que a colaboradora que causou o problema é terceirizada da Organização Social Orientavida, ONG (Organização Não Governamental) que é responsável pelo evento do Mickey. O shopping também disse que solicitou à ONG que reforce seu treinamento com a equipe de funcionários e que não compactua com a atitude.

O shopping disse, ainda, que trabalha para que todos os seus clientes se sintam acolhidos e bem-vindos.

Também em publicação oficial, a Organização Social Orientavida isse que o caso foi "isolado e pontual": “A Organizacao Social Orientavida esclarece que o ocorrido na última segunda-feira (18) foi um fato isolado e pontual. A entidade reforça ainda que todos são bem-vindos na exposição e reitera que, a partir do momento que teve conhecimento do caso, tomou as medidas necessárias para que tal situação não mais ocorra. A Orientavida, que se dedica há 20 anos em projetos de inclusão com o objetivo de ajudar as dificuldades sociais, destaca ainda que não compactua com qualquer ato de discriminação”, escreveu.

Em resposta, a Secretaria da Educação de Guaratinguetá disse que "após conseguirem o acesso ao local, os alunos tiveram um ótimo passeio e uma experiência inesquecível, não tendo sido expostos em momento algum" e que entende que a funcionária terceirizada "agiu por conta própria."

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A pasta também declarou seu "apoio às diretoras, professores e alunos das escolas municipais que foram impedidas de ingressar no Shopping JK Iguatemi e Exposição Mickey 90" e disse que "repudia racismo e qualquer forma de discriminação, e continua acompanhando e apoiando educadores e alunos nas providências que julgarem necessárias." 

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