Câmeras de segurança registraram os momentos que sucederam a imobilização de Pedro Henrique Gonzaga, de 25 anos, por um segurança da rede de hipermercados Extra da Barra da Tijuca, no Rio de Janeiro. O rapaz foi acusado de tentar roubar a arma do funcionário do estabelecimento e acabou morrendo depois de levar uma "gravata" na última quinta-feira (14).
Nas imagens, é possível ver o jovem se aproximando dos seguranças do Extra e conversando por alguns instantes. Uma mulher se aproxima e Pedro cai no chão. Ele é levantado pelos funcionários, mas depois de alguns segundos cai novamente.
Confira as imagens:
Em um outro vídeo, gravado por clientes do hipermercado , Pedro aparece rendido e pelo segurança Davi Ricardo Moreira. De acordo com testemunhas, o funcionário teria segurado o jovem por por cerca de dois minutos, até que ele desmaiou. Enquanto isso, pessoas no local tentavam convencê-lo a sair de cima do rapaz: "Tá sufocando ele. Ele tá com a mão roxa. Ele tá desacordado", diziam. O segurança respondeu que o desmaio seria uma simulação.
Também é possível escutar testemunhas dizendo que Pedro não estava roubando. "Ele estava no caixa com a gente ali", diz uma mulher, que é rapidamente repreendida por um dos seguranças. "Você está mentindo", repete ele.
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Mesmo com a ajuda de Bombeiros, que foram até o hipermercado tentar reanimar o jovem, ele precisou ser encaminhado para o Centro de Emergência Regional da Barra da Tijuca, onde segundo a Secretaria Municipal de Saúde, deu entrada com quadro de parada cardiorrespiratória. Ele foi reanimado, mas sofreu outras duas paradas e não resistiu. Neste sábado (16), Pedro está sendo enterrado na cidade carioca.
O segurança chegou a ser preso em flagrante, mas pagou fiança e vai responder por homicídio culposo, quando não há intenção de matar, em liberdade.
Resposta do Extra
O Extra emitiu duas notas sobre o caso. Na primeira, afirma que afastou os seguranças envolvidos. Apesar disso, a rede tenta justificar a agressão do segurança , dizendo que a ação "tratou-se de uma reação a tentativa de furto a arma".
Na segunda, declara que "nada justifica a perda de uma vida" e também diz que a "companhia se solidariza com os familiares e envolvidos". A empresa também chama o episódio de "lamentável e afirma " que não aceita qualquer ato de violência". O hipermercado promete não fugir de suas responsabilidades diante da situação e diz que está "contribuindo com todas as informações disponíveis".
O advogado da empresa Group Protection (responsável pela vigilância no local) corroborou a versão de legítima defesa . De acordo com ele, o jovem tentou roubar a arma do segurança e que, em seguida, acreditou que o rapaz simulava um desmaio. Eles fazem a contenção, retiram a arma e o garoto desmaia. O que se acredita que tenha sido uma simulação naquele momento. O próprio segurança reporta. Ele está mentindo, ele está mentindo, ele está simulando um desmaio como anteriormente havia simulado", disse.
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O delegado responsável pelo caso afirmou, no entanto, que o segurança do Extra se excedeu na ação, mas que existem poucos elementos que caracterizem a intenção de matar.