![Na foto, Pedro Henrique Gonzaga aparece ainda vivo, depois de ser imobilizado pelo segurança do hipermercado Extra Na foto, Pedro Henrique Gonzaga aparece ainda vivo, depois de ser imobilizado pelo segurança do hipermercado Extra](https://i0.statig.com.br/bancodeimagens/4w/96/hb/4w96hb2ozcrgzgypi69lq5sr1.jpg)
O Grupo Pão de Açúcar, responsável pela rede de hipermercados Extra, emitiu um novo posicionamento sobre a ação de um de seus seguranças de uma unidade da loja na Barra da Tijuca, Rio de Janeiro, que acabou matando um rapaz de 25 anos na quinta-feira (14).
Na nova nota, o Extra declara que "nada justifica a perda de uma vida" e também diz que a "companhia se solidariza com os familiares e envolvidos". A empresa também chama o episódio de "lamentável e afirma " que não aceita qualquer ato de violência".
O hipermercado promete não fugir de suas responsabilidades diante da situação e diz que está "contribuindo com todas as informações disponíveis". Leia na íntegra:
"Com relação ao lamentável episódio ocorrido na tarde da última quinta-feira (14 de fevereiro) no Hipermercado Extra Barra, a rede vem a público reiterar que não aceita qualquer ato de violência. Um grave fato ocorreu na loja do Extra e a rede não vai se eximir das responsabilidades diante do ocorrido, sendo a maior interessada em esclarecer a situação o mais rapidamente possível. Desta forma, está colaborando com as autoridades e contribuindo com todas as informações disponíveis.
Os envolvidos no caso foram definitivamente afastados. A companhia instaurou uma sindicância interna para acompanhamento junto à empresa de segurança e aos órgãos competentes do andamento das investigações. O Extra continuará contribuindo com a apuração e assegura que tomará todas as medidas cabíveis tendo em vista o resultado da investigação.
Acrescentamos que, independentemente do resultado da apuração dos fatos, nada justifica a perda de uma vida e a companhia se solidariza com os familiares e envolvidos."
Divulgado na tarde desta sexta-feira (15), o comunicado foi emitdo pelo hipermercado Extra depois que internautas criticaram o primeiro posicionamento da empresa.
Na nota anterior, a rede faz poucas menções ao jovem morto e afirma que afastou os seguranças envolvidos. Apesar disso, o Extra tenta justificar a agressão do segurança , dizendo que a ação "tratou-se de uma reação a tentativa de furto a arma".
O advogado da empresa Group Protection (responsável pela vigilância no local) corroborou a versão de legítima defesa . De acordo com ele, o jovem tentou roubar a arma do segurança e que, em seguida, acreditou que o rapaz simulava um desmaio. Eles fazem a contenção, retiram a arma e o garoto desmaia. O que se acredita que tenha sido uma simulação naquele momento. O próprio segurança reporta. Ele está mentindo, ele está mentindo, ele está simulando um desmaio como anteriormente havia simulado", disse.
O delegado responsável pelo caso afirmou, no entanto, que o segurança se excedeu na ação, mas que existem poucos elementos que caracterizem a intenção de matar.
Entenda o que aconteceu no Extra da Barra da Tijuca
![Extra diz que está colaborando com as investigações, mas que ação de segurança foi reação a uma tentativa de furto Extra diz que está colaborando com as investigações, mas que ação de segurança foi reação a uma tentativa de furto](https://i0.statig.com.br/bancodeimagens/ch/gl/1e/chgl1ewi0f66bvs5dpy13rxu8.jpg)
Pedro Henrique Gonzaga, de 25 anos, morreu ontem (14) ao sofrer uma parada cardíaca no Hospital Municipal Lourenço Jorge, local para o qual foi encaminhado depois de ter sido imobilizado pelo segurança Davi Ricardo Moreira. Depois de cerca de dois minutos sendo segurado, o jovem ficou desacordado.
Clientes e testemunhas do hipermercado registraram a ação em vídeo. Confira:
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Enquanto isso, pessoas que estavam no Extra na hora do ocorrido tentavam convencê-lo a sair de cima do rapaz: "Tá sufocando ele. Ele tá com a mão roxa. Ele tá desacordado", diziam. O segurança respondeu que o desmaio seria uma simulação. Nas imagens, também é possível escutar testemunhas dizendo que Pedro não estava roubando. "Ele estava no caixa com a gente ali", diz uma mulher, que é rapidamente repreendida por um dos seguranças. "Você está mentindo", repete ele. Outro segurança tenta impedir a filmagem: "Tá filmando porque?", diz. "Não pode filmar aqui, não. Você é polícia?"