A Petrobras anunciou que irá fechar escritórios internacionais da empresa, sediados em Nova York, Japão, Irã e no continente africano, além de desocupar sete andares do prédio que recebe a empresa em São Paulo, na Avenida Paulista.
Leia também: Já existem três compradores interessados na fábrica da Ford, diz Doria
A estatal vê o corte de gastos como prioridade para o momento, como lembrou o presidente, Roberto Castello Branco, que assumiu a Petrobras neste ano. Ele justifica, no entanto, que a empresa vai sustentar as atividades em localidades tidas como "chave".
"É claro que preservamos aqueles que julgamos indispensáveis, como em Houston, Londres, na Holanda, em Cingapura e na China, mas fechamos outros, como Nova York. Estamos no processo de fechamento de escritórios na África, no Irã e no Japão", disse, em vídeo a funcionários.
Segundo o comunicado inicial da empresa, divulgado nesta terça-feira (26), a estatal estuda ainda realizar um Programa de Desligamento Voluntário (PDV) e um Programa de Desligamento por Acordo Individual para reduzir custos na unidade de São Paulo.
Leia também: Discurso "antipolítica" de Bolsonaro emperra nova Previdência, diz Rodrigo Maia
"Estudos estão sendo feitos para determinar atividades que podem migrar para outros imóveis. Os gestores responsáveis pelas atividades que hoje são realizadas no prédio estão avaliando quais delas realmente precisam permanecer na capital paulista e quais podem ser realocadas em outros imóveis da companhia no Estado, como a sede da Unidade de Operações da Bacia de Santos (UO-BS) ou as refinarias, ou mesmo na sede, no Rio de Janeiro", comunicou a empresa oficialmente.
"Não temos, a priori, a intenção de demitir ninguém... Estamos estudando um programa incentivado de demissão voluntária. Temos a estimativa de que 605 pessoas serão direcionadas para outros lugares de custos mais baixos", afirmou o presidente da estatal.
Leia também: Bolsonaro anuncia revisão dos patrocínios da Petrobras ao cinema e teatro
O Sindicato Unificado dos Petroleiros do Estado de São Paulo alertou sobre a possibilidade de demissão em massa, o que causou a posição oficial da Petrobras , que, no momento, é negar as demissões, mas reforçar que é estudado o PDV para os próximos meses. O presidente da empresa, inclusive, fez questão de se comunicar em vídeo com os seus funcionários que atuam em São Paulo após a ameaça de demissão.