Marcelo Camargo/Agência Brasil
"Não há país com livre iniciativa forte que não tenha empresas médias fortes", afirmou novo presidente do BNDES

O novo presidente do BNDES (Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social), Joaquim Levy, declarou nesta terça-feira (8) que o apoio às empresas de médio porte será um dos focos de sua gestão. Nomeado com a missão de "abrir a caixa preta" do banco, Levy também prometeu maior transparência na divulgação de informações sobre o BNDES.

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"Não há país com livre iniciativa forte que não tenha empresas médias fortes", afirmou o presidente do BNDES durante a cerimônia de transmissão de cargo, no Rio de Janeiro. "Uma vulnerabilidade do Brasil é a gente não ter um setor com empresas médias com capacidade de crescer, criar empregos e incorporar novas tecnologias", completou.

Para Levy, o principal desafio para a economia brasileira a partir de agora será desenvolver um fluxo de "sólido e eficiente", fator considerado fundamental para aumentar a competitividade e a produtividade. Nesse processo, segundo o presidente, o BNDES terá um papel muito importante, podendo contribuir na modelagem de projetos de infraestrutura feitos em parceria com o  PPI  (Programa de Parcerias e Investimentos) criado pelo governo Temer.

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"Continuamos tendo enormes potenciais e enormes valores para compartilhar com a sociedade e tenho certeza de que vamos estar cada vez mais próximos dos nossos clientes", comentou. "Quando nos aproximamos de um momento de recuperação da economia, em que a gente vai ter uma retomada cíclica, o banco vai estar preparado."

Transparência

Helano Stuckert/Ministério do Planejamento
"O BNDES tem um corpo técnico fantástico, que tem sofrido por erros de orientação política", disse Dyogo Oliveira

Na visão de Levy, o BNDES evoluiu em termos de transparência nas gestões mais recentes, mas ainda há um longo caminho até que a população tenha plena confiança de que as operações feitas pelo banco seguem as regras. "A transparência, que já é uma coisa enraizada, ainda vai se desenvolver", garantiu.

Tanto Joaquim Levy quanto Dyogo Oliveira, seu antecessor na presidência do BNDES, reforçaram elogios aos funcionários da instituição. Segundo Oliveira, que estava à frente do banco desde abril do ano passado, o corpo técnico que compõe o BNDES sempre consegue ter uma discussão "franca e construtiva" quando enfrenta desafios.

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"O banco tem um corpo técnico fantástico, que tem sofrido por erros que não foram cometidos por eles, por erros de orientação política", argumentou Oliveira, que também foi ministro do Planejamento. "Tenho plena confiança de que a gestão do Joaquim Levy permitirá uma visão mais clara, mais realista daquilo que é o corpo técnico do BNDES  e daquilo que foi a orientação política."

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