Nesta segunda-feira (7), ao tomar posse da presidência do BNDES (Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social), Joaquim Levy afirmou que a instituição vai combater, de forma transparente, o patrimonialismo e as distorções já verificadas, se adequando às novas condições do País, às expectativas da população e às promessas do governo.
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“Isso [patrimonialismo, termo que se refere a um Estado que não possui distinções entre os limites do público e do privado] tem que mudar e continuar mudando, evitando o voluntarismo", declarou o novo presidente do BNDES . "A ferramenta para isso tem que ser a ética, a transparência, a responsabilidade e a responsabilização”.
Para Levy, a economia brasileira está na "antessala" de um novo ciclo de investimentos e será, a partir de agora, mais aberta, vibrante e com mais espaço para o setor privado e para os mercados de capital. "O papel do BNDES é contribuir nesse ambiente desenvolvendo novas ferramentas, novas formas de trabalhar, próximos e em parceria com o mercado”, defendeu.
O novo presidente ainda acrescentou que deve continuar ajustando o balanço da instituição financeira, que ainda depende, "em uma proporção exagerada", de recursos do Tesouro Nacional . De acordo com Levy, apesar de essa subordinação ter sido minimazada nos últimos anos, o balanço tem que ser readequado para permitir efetivo retorno do capital do BNDES.
Joaquim Levy tomou posse do comando do banco no Palácio do Planalto, em cerimônia liderada pelo presidente Jair Bolsonaro (PSL) e com a presença do ministro da Economia, Paulo Guedes. Na mesma solenidade, também assumiram os novos presidentes do Banco do Brasil, Rubem Novaes, e da Caixa Econômica Federal, Pedro Guimarães.
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O novo presidente do BNDES vai substituir Dyogo Oliveira, ex-ministro do Planejamento durante o governo de Michel Temer (MDB). Oliveira estava no comando do banco desde abril de 2018, quando assumiu o lugar de Paulo Rabello de Castro.
Conheça o novo presidente do BNDES
Engenheiro naval por formação, Joaquim Levy é doutor em Economia ela Universidade de Chicago (EUA), onde também estudou Paulo Guedes. O novo presidente do BNDES foi ministro da Fazenda de janeiro a dezembro de 2015, no segundo mandato de Dilma Rousseff (PT), e prometia um ajuste fiscal para conter os gastos públicos.
Levy foi ainda secretário do Tesouro Nacional entre 2003 e 2006, durante o primeiro mandato de Luiz Inácio Lula da Silva (PT). Antes, no governo do ex-presidente Fernando Henrique Cardoso (FHC), foi secretário adjunto da Secretaria de Política Econômica do Ministério da Fazenda em 2000.
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Para assumir a presidência do BNDES , Levy deixou a diretoria financeira do Banco Mundial, onde estava desde fevereiro de 2016.
*Com informações da Agência Brasil