“O processo de capitalização é necessário. Esse é o próximo passo da Eletrobras
Fabio Rodrigues Pozzebom/Agência Brasil
“O processo de capitalização é necessário. Esse é o próximo passo da Eletrobras", enfatizou Wilson Ferreira Jr.

O presidente da Eletrobras, Wilson Ferreira Jr., disse nesta quarta-feira (2) que foi convidado a permanecer à frente da companhia durante a presidência de Jair Bolsonaro (PSL). A pedido do almirante Bento Albuquerque, novo ministro de Minas e Energia, Ferreira Jr. segue no cargo para tocar o processo de privatização da estatal.

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Ferreira Jr., porém, que assumiu o posto em 1º de julho de 2016 por indicação de Michel Temer, não deixou claro se o projeto de privatização da empresa enviado pela gestão anterior ao Congresso Nacional será retomado. “O processo de capitalização é necessário, o nível que vamos ter vamos ter de conversar”, afirmou. “Esse é o próximo passo da Eletrobras .”

O projeto de Temer, encaminhado ao Congresso em janeiro do ano passado, prevê que a privatização da Eletrobras se dê por um processo de capitalização até que as ações da União sejam pulverizadas e esta se torne sócia minoritária da empresa. "Definição sobre isso [processo de privatização] não existe. O que é certo é que é necessário um processo de capitalização", enfatizou o presidente da estatal.

Angra 3

No fim de 2018, a Eletrobras anunciou que investiria R$ 12 bilhões nos próximos cinco anos para concluir Angra 3
Divulgação
No fim de 2018, a Eletrobras anunciou que investiria R$ 12 bilhões nos próximos cinco anos para concluir Angra 3

Ferreira Jr. disse ainda que o aceno do ministro de Minas e Energia em direção à retomada das obras da usina nuclear de Angra 3, no Rio de Janeiro, é uma pauta importante para o governo. Para o presidente da Eletrobras, o fato de o almirante ter conhecimento do tema pode ter pesado na decisão.

Antes de ser indicado para o ministério, Bento Albuquerque foi diretor-geral de Desenvolvimento Nuclear e Tecnológico da Marinha, órgão que comanda o Programa de Desenvolvimento de Submarinos e o Programa Nuclear da Marinha.

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Hoje, as obras em Angra 3 estão paradas, mas 63% do empreendimento já foram concluídos. Sua construção foi interrompida em 2015, em partes por falta de recursos, mas muito porque havia suspeitas de superfaturamento e denúncias de corrupção envolvendo empresas contratadas para as obras da usina. No fim do ano passado, a Eletrobras anunciou que investiria R$ 12 bilhões nos próximos cinco anos para terminar as obras na usina.


*Com informações da Agência Brasil

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