O processo de privatização da Eletrobras vai continuar em 2019, de acordo com o novo ministro de Minas e Energia, o almirante Bento Albuquerque Júnior. A declaração foi dada nesta terça-feira (2), durante seu discurso na cerimônia de transmissão do cargo.
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Segundo o novo ministro, a privatização da Eletrobras , iniciada pelo ex-presidente Michel Temer em janeiro de 2018, continuará acontecendo. “No setor elétrico, sempre levando em consideração o interesse público, se dará prosseguimento do processo em curso de capitalização da Eletrobras e a criação de um ambiente para novos investimentos”, disse.
O texto encaminhado por Temer previa que o processo de venda da estatal de energia elétrica acontecesse por meio da capitalização de ações. Ou seja: após a efetivação da privatização, a União ficaria com menos de 50% das ações da Eletrobras e não teria mais o controle da empresa.
O projeto que permitiria, no entanto, não foi aprovado pelo Congresso Nacional. Assim, apenas algumas distribuidoras foram cedidas à iniciativa privada .
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Das seis distribuidoras da estatal, quatro foram desestatizadas ao longo de 2018: Companhia Energética do Piauí (Cepisa) foi leiloada em julho e teve o contrato de concessão assinado em outubro. Logo depois, em agosto, tanto a Boa Vista Energia, de Roraima, quanto a Centrais Elétricas de Rondônia (Ceron) e a Companhia de Eletricidade do Acre (Eletroacre) foram vendidas. As outras duas, a Amazonas Energia e a Energética de Alagoas (CEAL), ainda estão em processo de marcação de leilão.
Além da privatização da Eletrobras, ministro afirma que trabalhará na redução do preço das contas de luz
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Albuquerque Júnio destacou que, além da privatização da Eletrobras , ele também assumirá desafios no setor elétrico. De acordo com ele, o objetivo é reduzir os subsídios e encargos que atualmente representam uma parcela significativa do preço das contas de luz. Ele também afirmou que vai oferecer ao mercado, “de forma gradual e segura", "uma participação crescente nos mecanismos de formação de preços de energia.”
*Com informações da Agência Brasil