O número de empresas inadimplentes registrou alta de 9,38% em relação ao mesmo período do ano passado. É o terceiro mês seguido em que o crescimento anotado ultrapassa a casa dos 9%. Os dados são do Indicador de Inadimplência da Pessoa Jurídica e foram coletados pela Confederação Nacional de Dirigentes Lojistas (CNDL) e pelo Serviço de Proteção ao Crédito (SPC Brasil).
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Os resultados negativos de julho foram puxados principalmente pela região Sudeste, que registrou um aumento de 16,44% na quantidade de empresas inadimplentes . No Sul, no Centro-Oeste, no Nordeste e no Norte, o crescimento anotado foi de 4,82%, 4,04%, 3,69% e 2,66%, respectivamente.
Para José Cesar da Costa, presidente da CNDL , essa inadimplência elevada das empresas é reflexo do processo gradual de retomada da economia.
“A saída da recessão está mais lenta do que o previsto, e isso impacta o planejamento e o fluxo de caixa das empresas” explica. “Por um lado, os juros ainda não diminuíram de forma significativa; por outro, as dificuldades financeiras dos consumidores impõem um cenário mais difícil para os credores”.
Empresas inadimplentes por setor
Segundo o levantamento, o setor de serviços foi o que apresentou maior alta (13,6%) no indicador em relação a julho de 2017. Em seguida, aparecem o comércio e a indústria, com crescimento de 7% e 5,7%, nesta ordem, na quantidade de empresas inadimplentes. A agricultura foi o único setor a registrar queda (-5,5%).
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Em termos de participação no total de devedoras, o setor de comércio lidera com 46%. Em segundo lugar, com uma fatia de 40%, estão os serviços, seguidos pela indústria (9%) e pela agricultura (0,5%).
Sob a perspectiva dos credores, isto é, aqueles que estão deixando de receber, os serviços são os mais impactados. Com 70% de representatividade no total de dívidas das empresas, o setor ganha de lavada do comércio (17%), da indústria (12%) e da agricultura , que não chega a ter nem 1%.
Recuperação de crédito
Outro indicador medido pela CNDL e pelo SPC é o de recuperação de crédito, que sinaliza o processo de quitação de dívidas em atraso.
No acumulado dos últimos 12 meses, a região Sudeste foi a única a registrar um crescimento (10,69%) no volume de dívidas em nome de pessoas jurídicas. Em todas as demais - Nordeste (-6,13%), Norte (-4,93%), Sul (-4,25%) e Centro-Oeste (-1,32%) - esse número caiu.
Devido ao grande peso do Sudeste no universo de empresas devedoras, a recuperação de crédito no Brasil como um todo acabou avançando 2% no período analisado.
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Do total de empresas inadimplentes que pagaram suas dívidas, a maior parte atua no comércio (45%) ou no setor de serviços (41%). Somente 10% pertencem à indústria.