A Unimed Paulistana conseguiu suspender temporariamente a determinação da Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS), que decretou a liquidação extrajudicial da operadora e a retirava oficialmente do mercado de planos de saúde.
A suspensão foi concedida pela 7º Vara Federal da Secção Judiciária de São Paulo nessa segunda-feira (1), horas depois da publicação da agência reguladora no Diário Oficial da união (DOU). A determinação da ANS impedia a comercialização de novos planos e prorrogava o prazo de migração da carteira da Unimed Paulistana por mais 30 dias, expirando em 1º de março.
De acordo com a decisão judicial, a suspensão do fechamento da Unimed Paulistana não prejudica o processo de transferência dos clientes para outras operadoras. Também foi exposto o entendimento de que seria prudente aguardar o fim da tramitação da ação na qual a empresa em processo de falência tenta repartir o passivo da crise que vive pelas demais operadoras do Sistema Unimed.
"A liquidação prematura abortará ações importantes no sentido de continuar com as negociações em andamento, levantamento de recursos, cobrança de créditos inadimplidos e a constante vigilância pelo pleito de solidariedade do Sistema Unimed, além de provocar a dilapidação patrimonial de 2.500 médicos", diz trecho da decisão.
A Unimed Paulistana tem cerca de 744 mil beneficiários, grande parte administrada por outras empresas que fazem a captação de clientes – a Qualicorp, por exemplo, responde por cerca de 160 mil do total da carteira. A transferência de beneficiários vem sendo feita desde os últimos meses do ano passado, mas o número de transferidos não é divulgado pela empresa.